Lino Vitti - Príncipe dos Poetas Piracicabanos

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O Príncipe e sua esposa, professora Dorayrthes S. S. Vitti

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60 anos de Poesia


terça-feira, 17 de julho de 2012

CIDADÃO SALTINHENSE



ALGUMA CRÔNICA (XXXVIII)

Lino Vitti (Aposentado da Câmara
Municipal de Piracicaba)

Em 12/12/2000, graças à iniciativa do Vereador José Cherubim Negretti e a unânime aprovação da Câmara Municipal de Saltinho, fui agraciado com o título de “Cidadão Saltinhense “. Na oportunidade, agradeci à homenagem com as seguintes palavras:
“Saltinho – ex-distrito de Piracicaba – entra gostosamente nos escaninhos da minha memória porque muitos fatos e pessoas me ligam à sua história oficial e não oficial.
Sabem todos quantos me acompanham a vida através de meus escritos na imprensa, de meus livros de versos publicados, do aparecimento de seu nome nos noticiários do poder legislativo de Piracicaba, estar eu profundamente ligado às atividades administrativo-políticas da minha cidade natal. E nesse caminhar por mais de 35 anos pelos meandros dos poderes públicos, ao lado de muitos e competentes prefeitos, de inúmeros e compententíssimos Vereadores, de inteligentes companheiros de trabalho, cheguei ao fim do picadão da vida, integrado fatalmente no conhecimento das Leis Maiores – Constituições Federal, Estadual, e Lei Orgânica Municipal – e das Leis Menores, decretos, resoluções, e outro atos que regem  nossa vidinha municipal.
E nesse afazer legislativo encontrei, advinhem quem? Gente supimpa, especial, gente querida, gente de Saltinho. Por exemplo: Domingos Cassano, empossado em 1948, reinício das atividades camarárias pós regime ditatorial; lutador, trabalhador, defensor de seu Distrito Saltinhense. Em seguida, quem vislumbro lá atrás, nas dobras do passado? Nada mais, nada menos do que João Zandoná Sobrinho, o lavrador, o viajante, o goleiro do Saltinho FC, o vereador da Câmara Municipal de Piracicaba,  representando condignamente Saltinho. Mais adiante, em sua humildade de cidadão saltinhense, eu vejo o Sidane António Sturion, vereador da Câmara Municipal de Piracicaba, outro feliz e condigno representante do Distrito de Saltinho. Prosseguindo a pescaria de representantes especiais da Vereança Piracicabana fisgo nas águas do passado a figura de Lúcio Ferraz de Arruda, orgulho da Casa de Leis piracicabana, orgulho, hoje, deste jovem município, a quem dedicou, como na Câmara de  Piracicaba, seu saber e seu trabalho. A safra generosa de homens públicos com que Saltinho contribuiu a Piracicaba político-administrativa, não pára aí. Vou buscar na história de minha terra, vou buscar na Câmara Municipal de Piracicaba, à qual servi com prazer, capacidade e civismo, como o fez  com capacidade, prazer e civismo o saltinhense que vou citar, – Pedro Salvador –, outro representante da estirpe política de Saltinho, engajado também na luta para a emancipação política do antigo Distrito.
No poderia, entretanto, encerrar estas linhas, sem relembrar que Saltinho contribuiu ainda com a inteligente Suely, a serviço das atividades funcionais da Câmara Municipal de Piracicaba, minha colega de trabalho na Diretoria administrativa do órgão público, onde se aposentou em alto cargo e a cujo trabalho se dedicou com empenho, capacidade e valor.
Voltando mais no tempo, com que alegria e saudade, recordo uma personagem histórica da vida de Saltinho, com a qual tive agradáveis palestras, ao qual como balconista de Bar e Restaurante – então chamada Stênico – servi cervejas, vinhos, almoços, picadinho (ah! como era delicioso esse prato!), tendo oportunidade de saber dele o quão grande era o desejo dos saltinhenses de então, de progredir, de prosperar, de ser um dia Município, como hoje o é.
José Hipólito, que me ficou na memória com o belo apelido de pepino, pequeno José, em italiano, conviveu com seu ônibus (jardineira!) com a vida de Saltinho e de Piracicaba, pois era seu mister generoso levar saltinhenses para minha cidade, a fazer compras, a consultar médicos, registrar crianças, depositar dinheiros (mil réis e não o tolo do Real), a casar, a passear, e especialmente a saborear um supimpa almoço no bar do Stênico ou a engraxar sapato no Righetto, ou  jogar no bicho com o saudoso Gildo. Meu Deus, como o tempo voa! São 63 anos que essas coisas aconteceram, mas neste momento, em que recebo tão grata homenagem do povo de Saltinho, não permitiriam as minhas recordações deixasse eu de tirar do grande baú da saudade, esses fatos, essas pessoas. Tudo porque estamos ligados, eu e elas, à história desta cidade.
Talvez tenha surgido daí minha vontade poética de escrever um hino para Saltinho! Esses pedaços da vida exigem. Esse povo merece. Não me seria lícito esquecer de Saltinho, como deve ser encantador para vocês de hoje, através do nobre Vereador José Cherubim Negretti, e da repartição unânime da casa, conceder-me tão bela homenagem.
Antes de findar esta perlenga saudosa, sou obrigado a registrar aqui o nome de um cidadão saltinhense que entrou gratamente em meu viver piracicabano. Trata-se do José Gustinelli, Juca, na intimidade. Que gente grande (não no corpo) mas na inteligência tem Saltinho. Juca, lavrador, é poeta, escritor, cronista. Dono de um livro de poesia. O que podemos esperar mais desta terra dadivosa, encantadora, generosa, mãe de tantos ilustres filhos, e amiga muito especial deste velho piracicabano de Santana.
Que posso mais eu acrescentar a estas linhas de recordação e saudade?
Nada, absolutamente nada. Muito obrigado, sim! E só.
 Pedir desculpa se alguém ficou de fora da minha lenga-lenga. Culpemos a comadre memória!
E agora, o Prof. Vicente Gimenes, o homenageado músico, autor do canto, que fale pelo que lhe toca.”

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PRÍNCIPE DOS POETAS DE PIRACICABA

CURRICULUM VITAE
( Síntese de Vida)
NOME – Lino Vitti
IDADE – 08/02/1920
ESTADO CIVIL – Casado, em únicas núpcias, há 56 anos, com a Professora Dorayrthes Silber Schmidt Vitti
FILIAÇÃO – José e Angelina Vitti
NATURALIDADE – Piracicaba, Estado de São Paulo –Brasil
Bairro Santana , Distrito de Vila Rezende
VIDA FAMILIAR
Casamento Civil e Religioso em comunhão de bens, Pai de sete filhos: Ângela Antónia, Dorinha Miriam, Rosa Maria, Fabíola , Lina, Rita de Cássia, Eustáquio.
VIDA PROFISSIONAL
Aposentado como Diretor Administrativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba, e como Redator do “Jornal de Piracicaba”. Exerceu atividades no comércio, no Magistério, na lavoura até os l3 anos, na municipalidade local, como bibliotecário, lançador de impostos, protocolista, Secretário Municipal.

VIDA CULTURAL
ESCOLA PRIMÁRIA –
Grupo Escolar “Dr. Samuel de Castro Neves”, Santana, seminarista vocacional ao sacerdócio por seis anos, no Colégio Santa Cruz, da cidade de Rio Claro (SP), onde cursou humanidades, línguas, religião, ciências, matemáticas, música.
CURSOS –
Formou-se Técnico em Contabilidade, lecionou latim, francês, datilografia.

VIDA RELIGIOSA
Católico, Apostólico, Romano, fez curso de religião em seminário dos Padres Estigmatinos, foi organista da Catedral e da Igreja de São Benedito, de Piracicaba, e Congregado Mariano.
VIDA LITERÁRIA
Bafejado por ensinamentos de sábios sacerdotes em colégio de formação religiosa, recebeu extraordinário acervo literário que lhe propiciou enveredar pelo caminho da poesia, da crônica, dos contos, do jornalismo, havendo editado de l959 a 200l sete livros de poesias e contos, com edições em milheiros de volumes, os quais estão aí para satisfazer o gosto daqueles que apreciam a arte literária.
São seus livros : “Abre-te, Sésamo”, l959; “Alma Desnuda”, l988; “A Piracicaba, Minha Terra”, l99l; “Sinfonia Poética”, de parceria com o poeta Frei Timóteo de Porangaba; “Plantando Contos, Colhendo Rimas”, l992; “Sonetos Mais Amados”, l996 e “Antes que as Estrelas brilhem”, 200l. O poeta conta ainda com o prazer de haver composto hinos para diversos municípios, bairros rurais, entidades sociais diversas, continuando a colaborar ainda, após os 83 anos em colunas literárias e com artigos de ordem geral em jornais da terra.
Faz parte da Academia Piracicabana de Letras que lhe outorgou o título honorífico de “PRÍNCIPE DOS POETAS DE PIRACICABA’.
Foi-lhe concedida Pelo Município de Piracicaba, através de sua Secretaria da Ação Cultural, a MEDALHA DE MÉRITO CULTURAL, “ Prof. OLÊNIO DE ARRUDA VEIGA’; é detentor do TROFÉU IMPRENSA, concedido pelo Lions Clube de Piracicaba, centro, e da MEDALHA ITALIANA, concedida pelo governo italiano de Benito Mussolini aos alunos de escolas e seminários de origem daquele país que tivessem se destacado em redação de trabalhos literários escritos na língua de Dante.
O Município de Saltinho, para o qual contribuiu com o Hino dessa comunidade municipal , conferiu-lhe o título de “Cidadão Saltinhense”.

DISCURSO

Por ocasião do lançamento do livro de poesias “Antes que as estrelas brilhem “, pelo poeta Lino Vitti foi proferido o seguinte discursos:

Exmo. Sr. Heitor Gauadenci Jr. dd Secretário da Ação Cultural

Exmo. sr. António Osvaldo Storel. dd. Presidente da Câmara de

Vereadores de Piracicaba

Exmo.sr. Moacyr Camponez do Brasil Sobrinho, dd. Presidente do Instituto Histórico e Geográfico

Exmo,. sr. Henrique Cocenza, dd. Presidente da Academia Piracicabana de Letras

Exmo.. Sr. Ésio Pezzato , anfitrião desta solenidade

Senhoras e Senhores

Pela sétima vez (graças a Deus) em minha vida lítero-poética vejo-me guindado a uma tribuna improvisada (o que é bom porque torna o fato mais popular), para proferir um discurso de agradecimento, ao lado da oferta de um novo livro de versos. É teimosia essa de poetas em desovar sua produção para que mais gente participe de suas tiradas, muitas vezes fora de forma e de ambiente, mas que o poeta não vê porque , ao editar um novo livro está cego pela emoção , como se fosse a vez primeira. Está aí o Ésio Pezzato, responsável por mais esta minha invasão no mundo das letras poéticas, para dizer se não é assim. Para dizer se não sofre também dessa doença feliz de editar livros e mais livros a ponto de perder a conta, já que a esta altura ele não sabe se já está no décimo ou décimo primeiro. E ainda continua batendo dedos de métrica, sabemos lá por quantos anos ainda !

Tenho um ex-colega de seminário, prof. Hildebrando André, aposentado como professor universitário e com o qual mantenho longa e pródiga correspondência, que não se cansa de enaltecer a felicidade de Piracicaba contar com tantos poetas e poetisas. Tem razão ele, pois se apenas dois deles já conseguiram editar l8 livros de poesia, imagine-se as centenas que seriam necessárias para dar um pouco de vazão a essa raridade intelectual que toma conta da minha terra!

Este meu livro vem à lume por obra e arte do prefeito José Machado , seu Secretário da Ação Cultural e de seu zeloso servidor Ésio Pezzato que se entusiasmaram diante da recitação de diversos poemas meus por um grupo de jograis, alunos da UNIMEP, e impressionados decidiram patrocinar a publicação deste livro, pois entenderam que Piracicaba poética merecia conhecer em mais profundidade o seu príncipe da poesia. E aí está, lindo e impecável, entregue às mãos do povo de Piracicaba, que indistintamente de cor, estudos, intelectualização , posses financeiras, categoria de trabalho, com religião ou agnóstico, jovem ou adulto, roceiro ou citadino, aí está, para quiçá, momentos de lazer e sonho. Sonho , sim, porque a poesia é terrivelmente sonhativa , vive no mundo da fantasia, alicerça-se nas bases da emoção e brota do âmago mais profundo do poeta, e para que as filhas de Eva não reclamem, da poetisa também.

Alguém me perguntará? Como é ser poeta? Juro, nunca pensei nisso. Acho que ninguém consegue ser poeta. Já é. Nasce feito, como dizem.

não é verdade Maria Cecilia, Ivana Maria, Ésio Pezzato , Prata Gregolim, Marina Rolim, Valter Vitti, Mario Pires, Saconi, e tutti quanti enfeitam com seus lindos versos as páginas do “ Jornal de Piracicaba, ou da “Tribuna Piracicabana , e assim também esse cacho imenso de livros poéticos que quase semanalmente são dados ao conhecimento e sentimento público de nossa terra ? Tornando-se um privilégio de uma cidade, como disse alhures o supra citado meu colega seminarístico Hildebrando André. ?

Não se suponha que para ser poeta é preciso ter nascido em berço de ouro ou em centros intelectuais de enorme repercussão. Nada disso. Tenho um soneto que define bem esse fato. É assim: “Eu não sou o poeta dos salões / de ondeante, basta e negra cabeleira] não me hás de ver nos olhos alusões / de vigílias, de dor e de canseiras. // Não trago o pensamento em convulsões,/ de candentes imagens, a fogueira. / não sou o gênio que talvez supões/ e não levo acadêmica bandeira.// Distribuo os meus versos em moedas/ que pouco a pouco na tua alma hospedas / - raros , como as esmolas de quem passa. / Mas hei de me sentir feliz um dia/ quando vier alguém render-me graça/ por o fazer ricaço de poesia. // “ . Poetas e poetisas saem do nada , devem trazer o selo ou o bilhete de entrada nesse reino encantado desde o útero materno, embora ouse eu afirmar que a vida é também uma grande mestra , as influências da mentalidade circunvizinha,

o próprio meio ambiente, podem , em circunstâncias outras , plasmar um poeta .

Eu fui plasmado , por exemplo, por entre maravilhas campestres. A roça ou o campo são fantásticos criadores de poesia. Ela anda atapetando por todos os cantos a natureza, as gentes, os animais, os atos e fatos. e a cabeça daqueles com quem ela convive. E o poeta, criador por excelência, se abebera de todas as belezas esparsas pelas colinas, serras, vales e descampados , para transformar tudo em versos e rimas, ou em versos simplesmente, onde pululam , como cabritos silvestres, as figuras literárias, os tropos, as sínteses, as comparações, e todos os anseios que lhe vão no imo da alma. Para satisfação própria e para satisfação dos que convivem com o poeta. E´ por isso que se botardes olhos curiosos sobre meus poemas havereis de tropeçar a todo o momento com um motivo roceiro, pois trago uma alma plasmada pelas belezas rurais de Santana, Santa Olímpia , Fazenda Negri, e especialmente por aquela colina encimada ,no cocuruto, pelo prédio do grupo escolar, onde aprendi a ler e escrever e a poetar.

Peço desculpas por haver-me prolongado um pouco nestas elucubrações poéticas, desobedecendo aos conselhos do amigo Ésio que continua exigindo de mim discursos improvisados, o que seria tão para os ouvintes , que ansiosamente aguardam o momento de bater palmas acabando assim com a verborragia oratória.

Não posso entretanto encerrar esta breve alocução sem deixar consignados meus agradecimentos do fundo do coração ao prefeito José Machado ,ao seu Secretário da Ação Cultural Heitor Gaudenci Junior, ao seu sub-secretário poeta Ésio Pezzato, ao prefaciador Moacyr de Oliveira Camponez do Brasil sobrinho, aos queridos opinadores Maria Cecília Bonachella, Maria Ivana França de Negri, exímias poetisas, prof. Elias Salum e a minha filha Universitária Fabíola Vitti Moro, pela maravilhosa capa, Editores e toda equipe de funcionários , à minha esposa pela sugestão transmitida ao prefeito com relação ao advento desta obra, aos digitadores Nair , minha nora e neto Leonardo, e outros que possa ter esquecido, como é fácil em cachola idosa, - meus agradecimentos repito, pela reunião de esforços e trabalho que tornaram possível o advento de mais um livro de minha lavra.

Obrigado “ em geralmente” como dizem nossos cururueiros, aos que ilustraram com sua arte musical esta solenidade e assim também a todos quantos acharam um tempinho para vir prestigiar-me nesta tarefa de cultura e arte. Levem a certeza de que nada mais desejo do que engrandecer com minha poesia a terra que me viu nascer, a terra que me viu crescer, a terra que me proporcionou oportunidade para chegar a um cargo tão nobre quão dignificante de “Príncipe dos Poetas de Piracicaba”

Meu carinhoso obrigado também aos meios de comunicação, de modo especial “Jornal de Piracicaba”, na pessoa de seu Editor Chefe Joacyr Cury , de “A Tribuna Piracicabana”, na de seu diretor Evaldo Vicente, pela divulgação caprichosa deste evento que afinal nada mais é do que mais uma demonstração da exuberância cultural da Noiva da Colina.

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