Lino Vitti - Príncipe dos Poetas Piracicabanos

Lino Vitti - Príncipe dos Poetas Piracicabanos
Lino Vitti- Príncipe dos Poetas Piracicabanos

O Príncipe e sua esposa, professora Dorayrthes S. S. Vitti

Casamento

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Bodas de Prata

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Lino Vitti e seus pais

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Lino Vitti e seus vários livros

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Bisneta Alice

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BISNETA ALICE

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O Príncipe agradece a visita e os comentários

60 anos de Poesia


sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

PARTIDAS


sábado, 16 de janeiro de 2016

Aniversário do Príncipe dos Poetas Piracicabanos

Hoje o Príncipe dos Poetas Piracicabanos, Lino Vitti, completa 96 anos de muito amor e poesia
Todos os súditos da Poesia o parabenizam desejando muita saúde, felicidades  e inspiração

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

ILUSÓRIO CASTELO






                                                    Lino Vitti

Castelo é para mim termo de nossa língua plenamente ajustado ao objeto denominado. Há a palavra palácio, só que esta tem um significado mais social e político e dá a entender que não é tão reservado, tao guardado como aquele aos olhos humanos, aos olhos curiosos e invejosos da sociedade. Palácio é um vocábulo até carinhoso, manso, cordial.
Ao passo que castelo como que guarda atrás de suas letras algo de fortaleza, algo dificilmente atingível, algo reservado a visitas de poucos. Ao falar castelo a mente salta  para um local íngreme, cujo acesso é proibido e só  se chega aos seus umbrais sob a vigilância armada de sentinelas, de guardas, de esbirros.
Castelo é o passado. Palácio é o presente. Castelo lembra espadas, lanças, correntes. Palácio lembra democracia, discursos, liberdade.
O castelo, à noite, ingressa na escuridão, pois deve ficar escondido aos olhos do inimigo, como a mostrar que em seu interior habitam senhores terríveis, há armas prontas para qualquer ataque, alíimoram idéias rígidas e inamovíveis.
O palácio, ao contrário, ao vir das sombras, acende imediatamente a feérica multidão de luzes, como a demonstrar que lá dentro a vida é um contínuo festival de atividades, de alegrias, de jantares, de eventos sociais.
Enquanto um é criatura de um regime vassálico, de famílias tradicionais austeras e conservadores das longas e velhas estirpes familiares, o palácio segue os passos da evolução social e como que dele aquelas severas tradições fogem paulatinamente ou se transformam em elos de comunicação, de modernização, de convivências humana.
Todos os poetas – essa gente que vê as coisas estranhamente – têm seu poema enaltecendo ou condenando essa imagem do castelo de priscas eras. Para eles aquele prédio jogado nas fraldas de uma montanha, irmão dos penhascos empinados e inacessíveis – é uma criatura recheada de poesia, quando assim não pensa a maioria dos homens. Aquela coisa assustadora, se bem a julgarmos através de seu uso nos tempos afora, é para os esquisitos vates versejadores um personagem em cujo bojo ressuma a poesia, portanto digno de ser cantado e rimado assim como o fazem, por exemplo, com uma paisagem, uma árvore, um ocaso, um céu anilado, um canto de pássaro, um silêncio escuro de uma noite taciturna.
Eu também – num momento de fuga à realidade –, – mísero imitador dessa complicada gente que rima – cometi o pecado venial de construir 14 versos para um soneto em homenagem ao “Castelo”. Leiam só como o fiz:

“CASTELO"


                                        Nos cumes de meu Sonho edifiquei

                                      – todo de ouro a fulgir imenso e belo -

elegendo-me seu vassalo e rei,
deslumbrante e magnífico castelo.

Nele – feliz – vivi, sofri e sonhei...
mas um dia, raivoso, me rebelo
e o que com tanto amor edifiquei
quebro e derrubo a golpes de martelo.

E qual teria sido a razão toda
daquela destruição bárbara e douda
que o castelo pusera-me aos montões?

Pudera! Nos seus paços obumbrantes
já ambulavam estranhas habitantes
       era um covil repleto de ilusões!”


(1942) – 22 anos de idade!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O SEMEADOR MÁRIO ORSI



Lino Vitti

         Não faz muito tempo, por uma gostosa casualidade, dessas que são muito raras (raríssimas escrevem os  bons literários) na vida de qualquer um, reencontrei um inesquecível e valioso amigo, colega de serviço público, responsável sem dúvida por aquilo que sou hoje: aposentado municipal do poder legislativo.
         A grata casualidade, embora ocorrida em local não muito grato qual sejam os corredores de um hospital, serviu para um rápido bate-papo e a evocação de algumas das incontáveis recordações de tempos idos, de tempos vividos lá atrás quando ainda não botávamos a atenção ao número de anos de vida, nem se era obrigado a, volta e meia, correr seguidamente para os tristonhos corredores de santas casa, hospitais, unimedes e ----- , pavorosos para quer que seja.
Embora local tão impróprio para encontros saudosos, aquele momento me fez fugir do presente e da tristeza de um hospital, para voltar, num fantástico galopar do corcel da saudade para os dias da juventude, vendo o amigo sorridente e prestimoso apresentar o “desempregado” Lino Vitti ao então prefeito Jorge Pacheco Chaves para uma vaga de bibliotecário na Biblioteca Pública Municipal que seria para o futuro “príncipe dos poetas piracicabanos”, digamos assim, o pasto adequado para as suas vindouras elucubrações no mundo do jornalismo, da crônica e da poesia. Quereis melhor função para um sonhador do que tomar conta e distribuir livros nesse curral sublime de intelectualidades e estudiosos como é uma biblioteca onde repousam milhares de outras intelectualidades do além, já passadas por este mundo onde deixaram luminosidades imorredouras e astrais?
 Cidadão, ou melhor servidor público no exato sentido do termo – MÁRIO ORSI – é o nome do amigo responsável pelo encaminhamento deste “príncipe das arábias”. Como Mário Orsi sabia tratar as crianças leitoras! Em suas mãos repousava o empreendimento educacional infantil da biblioteca. Ele, diria eu, era um semeador de cultura. Distribuía as sementes valiosas e gloriosas dos livros à garotada que, em bandos álacres, como verdes tuins chilreantes que conheci nas matas da minha infância, acorria a sua seção bibliográfica.
Que beleza, Mário Orsi! Eu pensava ao ver aquela algazarra e estudantes infantis que você também virasse uma criança ( e olha lá que não estou muito errado), entrosando-se totalmente naquele papaguear e querer saber, numa demonstração divinal de que o mundo é belo, e encantado, quando as mesmas pessoas como você, o fizerem encantado o belo.
Já pensou, Mário, quantas crianças você transformou em gente, graças as sementes que você semeou no coração e na inteligência delas?
Eu acho que elas se encontram felizes hoje, como eu me encontro, e como você deve se encontrar por haver sido um semeador tão bondoso, tão responsável, tão amoroso. 

PRÍNCIPE DOS POETAS DE PIRACICABA

CURRICULUM VITAE
( Síntese de Vida)
NOME – Lino Vitti
IDADE – 08/02/1920
ESTADO CIVIL – Casado, em únicas núpcias, há 56 anos, com a Professora Dorayrthes Silber Schmidt Vitti
FILIAÇÃO – José e Angelina Vitti
NATURALIDADE – Piracicaba, Estado de São Paulo –Brasil
Bairro Santana , Distrito de Vila Rezende
VIDA FAMILIAR
Casamento Civil e Religioso em comunhão de bens, Pai de sete filhos: Ângela Antónia, Dorinha Miriam, Rosa Maria, Fabíola , Lina, Rita de Cássia, Eustáquio.
VIDA PROFISSIONAL
Aposentado como Diretor Administrativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba, e como Redator do “Jornal de Piracicaba”. Exerceu atividades no comércio, no Magistério, na lavoura até os l3 anos, na municipalidade local, como bibliotecário, lançador de impostos, protocolista, Secretário Municipal.

VIDA CULTURAL
ESCOLA PRIMÁRIA –
Grupo Escolar “Dr. Samuel de Castro Neves”, Santana, seminarista vocacional ao sacerdócio por seis anos, no Colégio Santa Cruz, da cidade de Rio Claro (SP), onde cursou humanidades, línguas, religião, ciências, matemáticas, música.
CURSOS –
Formou-se Técnico em Contabilidade, lecionou latim, francês, datilografia.

VIDA RELIGIOSA
Católico, Apostólico, Romano, fez curso de religião em seminário dos Padres Estigmatinos, foi organista da Catedral e da Igreja de São Benedito, de Piracicaba, e Congregado Mariano.
VIDA LITERÁRIA
Bafejado por ensinamentos de sábios sacerdotes em colégio de formação religiosa, recebeu extraordinário acervo literário que lhe propiciou enveredar pelo caminho da poesia, da crônica, dos contos, do jornalismo, havendo editado de l959 a 200l sete livros de poesias e contos, com edições em milheiros de volumes, os quais estão aí para satisfazer o gosto daqueles que apreciam a arte literária.
São seus livros : “Abre-te, Sésamo”, l959; “Alma Desnuda”, l988; “A Piracicaba, Minha Terra”, l99l; “Sinfonia Poética”, de parceria com o poeta Frei Timóteo de Porangaba; “Plantando Contos, Colhendo Rimas”, l992; “Sonetos Mais Amados”, l996 e “Antes que as Estrelas brilhem”, 200l. O poeta conta ainda com o prazer de haver composto hinos para diversos municípios, bairros rurais, entidades sociais diversas, continuando a colaborar ainda, após os 83 anos em colunas literárias e com artigos de ordem geral em jornais da terra.
Faz parte da Academia Piracicabana de Letras que lhe outorgou o título honorífico de “PRÍNCIPE DOS POETAS DE PIRACICABA’.
Foi-lhe concedida Pelo Município de Piracicaba, através de sua Secretaria da Ação Cultural, a MEDALHA DE MÉRITO CULTURAL, “ Prof. OLÊNIO DE ARRUDA VEIGA’; é detentor do TROFÉU IMPRENSA, concedido pelo Lions Clube de Piracicaba, centro, e da MEDALHA ITALIANA, concedida pelo governo italiano de Benito Mussolini aos alunos de escolas e seminários de origem daquele país que tivessem se destacado em redação de trabalhos literários escritos na língua de Dante.
O Município de Saltinho, para o qual contribuiu com o Hino dessa comunidade municipal , conferiu-lhe o título de “Cidadão Saltinhense”.

DISCURSO

Por ocasião do lançamento do livro de poesias “Antes que as estrelas brilhem “, pelo poeta Lino Vitti foi proferido o seguinte discursos:

Exmo. Sr. Heitor Gauadenci Jr. dd Secretário da Ação Cultural

Exmo. sr. António Osvaldo Storel. dd. Presidente da Câmara de

Vereadores de Piracicaba

Exmo.sr. Moacyr Camponez do Brasil Sobrinho, dd. Presidente do Instituto Histórico e Geográfico

Exmo,. sr. Henrique Cocenza, dd. Presidente da Academia Piracicabana de Letras

Exmo.. Sr. Ésio Pezzato , anfitrião desta solenidade

Senhoras e Senhores

Pela sétima vez (graças a Deus) em minha vida lítero-poética vejo-me guindado a uma tribuna improvisada (o que é bom porque torna o fato mais popular), para proferir um discurso de agradecimento, ao lado da oferta de um novo livro de versos. É teimosia essa de poetas em desovar sua produção para que mais gente participe de suas tiradas, muitas vezes fora de forma e de ambiente, mas que o poeta não vê porque , ao editar um novo livro está cego pela emoção , como se fosse a vez primeira. Está aí o Ésio Pezzato, responsável por mais esta minha invasão no mundo das letras poéticas, para dizer se não é assim. Para dizer se não sofre também dessa doença feliz de editar livros e mais livros a ponto de perder a conta, já que a esta altura ele não sabe se já está no décimo ou décimo primeiro. E ainda continua batendo dedos de métrica, sabemos lá por quantos anos ainda !

Tenho um ex-colega de seminário, prof. Hildebrando André, aposentado como professor universitário e com o qual mantenho longa e pródiga correspondência, que não se cansa de enaltecer a felicidade de Piracicaba contar com tantos poetas e poetisas. Tem razão ele, pois se apenas dois deles já conseguiram editar l8 livros de poesia, imagine-se as centenas que seriam necessárias para dar um pouco de vazão a essa raridade intelectual que toma conta da minha terra!

Este meu livro vem à lume por obra e arte do prefeito José Machado , seu Secretário da Ação Cultural e de seu zeloso servidor Ésio Pezzato que se entusiasmaram diante da recitação de diversos poemas meus por um grupo de jograis, alunos da UNIMEP, e impressionados decidiram patrocinar a publicação deste livro, pois entenderam que Piracicaba poética merecia conhecer em mais profundidade o seu príncipe da poesia. E aí está, lindo e impecável, entregue às mãos do povo de Piracicaba, que indistintamente de cor, estudos, intelectualização , posses financeiras, categoria de trabalho, com religião ou agnóstico, jovem ou adulto, roceiro ou citadino, aí está, para quiçá, momentos de lazer e sonho. Sonho , sim, porque a poesia é terrivelmente sonhativa , vive no mundo da fantasia, alicerça-se nas bases da emoção e brota do âmago mais profundo do poeta, e para que as filhas de Eva não reclamem, da poetisa também.

Alguém me perguntará? Como é ser poeta? Juro, nunca pensei nisso. Acho que ninguém consegue ser poeta. Já é. Nasce feito, como dizem.

não é verdade Maria Cecilia, Ivana Maria, Ésio Pezzato , Prata Gregolim, Marina Rolim, Valter Vitti, Mario Pires, Saconi, e tutti quanti enfeitam com seus lindos versos as páginas do “ Jornal de Piracicaba, ou da “Tribuna Piracicabana , e assim também esse cacho imenso de livros poéticos que quase semanalmente são dados ao conhecimento e sentimento público de nossa terra ? Tornando-se um privilégio de uma cidade, como disse alhures o supra citado meu colega seminarístico Hildebrando André. ?

Não se suponha que para ser poeta é preciso ter nascido em berço de ouro ou em centros intelectuais de enorme repercussão. Nada disso. Tenho um soneto que define bem esse fato. É assim: “Eu não sou o poeta dos salões / de ondeante, basta e negra cabeleira] não me hás de ver nos olhos alusões / de vigílias, de dor e de canseiras. // Não trago o pensamento em convulsões,/ de candentes imagens, a fogueira. / não sou o gênio que talvez supões/ e não levo acadêmica bandeira.// Distribuo os meus versos em moedas/ que pouco a pouco na tua alma hospedas / - raros , como as esmolas de quem passa. / Mas hei de me sentir feliz um dia/ quando vier alguém render-me graça/ por o fazer ricaço de poesia. // “ . Poetas e poetisas saem do nada , devem trazer o selo ou o bilhete de entrada nesse reino encantado desde o útero materno, embora ouse eu afirmar que a vida é também uma grande mestra , as influências da mentalidade circunvizinha,

o próprio meio ambiente, podem , em circunstâncias outras , plasmar um poeta .

Eu fui plasmado , por exemplo, por entre maravilhas campestres. A roça ou o campo são fantásticos criadores de poesia. Ela anda atapetando por todos os cantos a natureza, as gentes, os animais, os atos e fatos. e a cabeça daqueles com quem ela convive. E o poeta, criador por excelência, se abebera de todas as belezas esparsas pelas colinas, serras, vales e descampados , para transformar tudo em versos e rimas, ou em versos simplesmente, onde pululam , como cabritos silvestres, as figuras literárias, os tropos, as sínteses, as comparações, e todos os anseios que lhe vão no imo da alma. Para satisfação própria e para satisfação dos que convivem com o poeta. E´ por isso que se botardes olhos curiosos sobre meus poemas havereis de tropeçar a todo o momento com um motivo roceiro, pois trago uma alma plasmada pelas belezas rurais de Santana, Santa Olímpia , Fazenda Negri, e especialmente por aquela colina encimada ,no cocuruto, pelo prédio do grupo escolar, onde aprendi a ler e escrever e a poetar.

Peço desculpas por haver-me prolongado um pouco nestas elucubrações poéticas, desobedecendo aos conselhos do amigo Ésio que continua exigindo de mim discursos improvisados, o que seria tão para os ouvintes , que ansiosamente aguardam o momento de bater palmas acabando assim com a verborragia oratória.

Não posso entretanto encerrar esta breve alocução sem deixar consignados meus agradecimentos do fundo do coração ao prefeito José Machado ,ao seu Secretário da Ação Cultural Heitor Gaudenci Junior, ao seu sub-secretário poeta Ésio Pezzato, ao prefaciador Moacyr de Oliveira Camponez do Brasil sobrinho, aos queridos opinadores Maria Cecília Bonachella, Maria Ivana França de Negri, exímias poetisas, prof. Elias Salum e a minha filha Universitária Fabíola Vitti Moro, pela maravilhosa capa, Editores e toda equipe de funcionários , à minha esposa pela sugestão transmitida ao prefeito com relação ao advento desta obra, aos digitadores Nair , minha nora e neto Leonardo, e outros que possa ter esquecido, como é fácil em cachola idosa, - meus agradecimentos repito, pela reunião de esforços e trabalho que tornaram possível o advento de mais um livro de minha lavra.

Obrigado “ em geralmente” como dizem nossos cururueiros, aos que ilustraram com sua arte musical esta solenidade e assim também a todos quantos acharam um tempinho para vir prestigiar-me nesta tarefa de cultura e arte. Levem a certeza de que nada mais desejo do que engrandecer com minha poesia a terra que me viu nascer, a terra que me viu crescer, a terra que me proporcionou oportunidade para chegar a um cargo tão nobre quão dignificante de “Príncipe dos Poetas de Piracicaba”

Meu carinhoso obrigado também aos meios de comunicação, de modo especial “Jornal de Piracicaba”, na pessoa de seu Editor Chefe Joacyr Cury , de “A Tribuna Piracicabana”, na de seu diretor Evaldo Vicente, pela divulgação caprichosa deste evento que afinal nada mais é do que mais uma demonstração da exuberância cultural da Noiva da Colina.

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