Lino Vitti - Príncipe dos Poetas Piracicabanos

Lino Vitti - Príncipe dos Poetas Piracicabanos
Lino Vitti- Príncipe dos Poetas Piracicabanos

O Príncipe e sua esposa, professora Dorayrthes S. S. Vitti

Casamento

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Bodas de Prata

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Lino Vitti e seus pais

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Lino Vitti e seus vários livros

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Bisneta Alice

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O Príncipe agradece a visita e os comentários

60 anos de Poesia


quinta-feira, 31 de março de 2011

O sabiá do Abrahão



Lino Vitti

Quem nasceu e morou na roça não a esquece nunca. Volta a ela quando pode (e pode muitas vezes!) não só para rever, mas para recordar, encontrando sempre, a cada ensejo, belas recordações, fatos ocorridos, saudade daquilo que ficou e só volta puxado pela memória ou por algo que traz ao presente o que aconteceu e ficou dançando no salão do ontem, até receber a visita do ou de interessados na revivência do que ficou. Foi o que aconteceu numa das minhas últimas visitas ao pessoal (primos e amigos) da família Jurandir-Guiomar, onde o Abrahão (Abramo em tirolês) tinha um sabiá cantor dos mais famosos da localidade. Acredito que todos os leitores conheçam o canto desse pássaro famoso, mencionado sempre por escritores e poetas, algo especial no mundo das aves canoras das florestas, dos laranjais ou campos do Brasil.
Pois o sabiá do Abrahão era uma partitura viva a sonorizar o ambiente, semeando música e felicidade, encantando até os mais exigentes ouvidos humanos.
Um dia, entretanto, aquela voz linda e maravilhosa silenciou. O sabiá morreu.
Morreu e provocou o estro do poeta Lino Vitti que dedicou ao acontecimento o seguinte poema:


“A MORTE DE UM CANTOR ALADO"
(Dedico ao Abrahão dono do maior cantor alado do bairro de Santana)

Na gaiola prateada encontrara seu ninho
Entre grades vivera amado como um rei.
Cantava sem cessar o belo passarinho
Saudade, gratidão, ventura, que eu lá sei!

Jorrava-lhe do bico, em catadupa, o canto.
Sonorizando a casa e toda a vizinhança.
Cada nota continha um mundo de quebranto
Cada dobre era um sonho, um céu, uma esperança.

Sabiá tão bom assim o mundo nunca vira
Tanta sonoridade a brotar desse bico.
Lembrava, em seu cantar, presença de uma lira,
Tocando um repertório exuberante e rico.

Tardes, manhãs de luz, o vendaval em trote,
Luares do sertão, o pássaro trinava.
Um músico perfeito ( o tenor Pavarotti)
Convidado a cantar ! E como ele cantava.!

O destino porém que não vê por onde anda,
Guilhotinou a voz do pássaro cantor,
Praticando uma ação terrível e nefanda,
Calando para sempre o sabiá cantador.

Ficou a casa triste, o silencio mesquinho,
Nunca mais o trinar da avesita feliz!
E aquele que o cuidou com amor e carinho,
Fala – a lacrimejar – que foi Deus que assim quis.”

quarta-feira, 30 de março de 2011

Lavrador- esse desconhecido



Lino Vitti

Com permissão dos laboriosos paginadores jornalísticos que nos oferecem, a cada edição, uma diagramação e paginação perfeitas deste semanário, vou iniciar hoje mais uma das minhas croniquetas com o soneto com que, em geral, as encerro. Trata-se mesmo de um trabalho diletante, e penso que os caríssimos leitores de Folha Cidade, o leiam como isso mesmo, pois falta-lhe a profundidade, o ideologismo, a filosofia, a arte redacional que vejo nos artigos de peso dos demais colaboradores e amigos de páginas . Vamos porém ao soneto (poesia com 14 versos (linhas) e quatro estrofes, duas de quatro linhas duas de três) cujo assunto é uma homenagem a esses homens que lidam lutam, lavram, amam a terra, dela extraindo, com suor e canseiras, essa coisa tão necessária à vida que são os alimentos. Para que ninguém me trate de mentiroso (pois prometi o poema para o inicio e já estou além disso), leiam o que disse eu, certa feita, sobre esses que amanham a terra, para sustento da humanidade.

O LAVRADOR

Mal o dia pintor, caprichoso pincela
Com frisos de ouro em pó as barras do levante,
E –músico –vai pondo em cada alada goela
Um guiso de metal, tinindo tilintante.

Já sai o lavrador para a lavoura; bela
Se lhe desdobra aos pés a messe lourejante.
Entretanto está triste e chora diante dela
E atira a enxada amiga ao chão, febricitante.

O sol que agora surge é uma bênção divina,
Mas que vale a colheita (ele pensa) se o sangue
Lhe suga brutalmente e as carnes lhe assassina?!

E contemplando as mãos agrestes e calosas,
A enxada posta ao lado, o lavrador exangue
Cai de joelhos ao chão, em lágrimas copiosas.

Tenho certeza que muitos do que lerem estas linhas poéticas dirão que o vate bisonho exagera. Que não é bem assim. O lavrador, afirmam é um senhor abençoado por Deus, pela natureza, pelos semelhantes, especialmente por aqueles que ao almoço ou ao jantar saboreiam à mesa o arroz, o feijão, a soja, as verduras, as frutas, vindas lá do campo, onde florescem sempre e para todos os séculos, um arado laborioso, uma enxada felizarda, um trator rumorejante, um burro arquejante, uma carroça barulhenta. E acrescentam que o trabalho roceiro é realmente estafante, suarento, doloroso, mas compensador porque sustenta a humanidade de qualquer parte do mundo. Já calcularam os amigos citadinos se não houvesse um lavrador que vai adiante deles, semeando, tratando, colhendo, distribuindo o que de mais necessário precisamos todos que é comer,encher o estômago, tirar dos alimentos a saúde e a vida?!
Entre os 8 e 12 anos, antes de partir para o seminário religioso, eu fui lavrador. Levantava antes do sol nascer, tomava o leite das vacas caipiras, acompanhado de polenta torrada na chapa fervente, munia-me de uma enxada, de uma foice, de um restelo ou de um lençol rústico ( para apanhar café) e outros amáveis instrumentos que ajudam o lavrador antes, durante e depois da colheita, e lá seguia para aquilo que antigamente se dizia o eito dos escravos, cuidar do arrozal, do cafezal, do milharal , do algodoal, de tantos trabalhos roceiros que só o homem da roça mesmo sabe o que são e o quanto custam.
A alegria do lavrador não é muita. Satisfaz-lhe apenas que o céu mande a chuva indispensável, sem os terrores das tempestades, sente-se feliz quando abre as janelas pela manhã e vê as plantações balouçarem aos beijos do sol e aos afagos das brisas, reluzindo promessas generosas de produção, alegrando-lhe a alma, o coração e fazendo-o se esquecer de todo o trabalho, agruras, dúvidas, temores que acompanham sempre aqueles homens dedicados a oferecer aquilo de que tanto a humanidade necessita para viver e sobreviver.
O lavrador é um crente dos mais sinceros, nunca encontrei um ateu, e sempre notei que ele cumpre as devoções religiosas com mais empenho e fervor do que muitos de nós que nos arvoramos em cristãos, na crença e na prática, Ele crê sincera e profundamente, reza, cumpre os preceitos e mandamentos e sempre dá um jeito de agradecer a Deus por olhar carinhosamente o seu trabalho e a sua produção, É um homem tranqüilo, conformado, amoroso, pai extremoso, marido exemplar.
Se você, leitor sábio que é, encontrar alguém de enxada ou foice ao ombro, tira o chapéu, estende-lhe a mão, diga-lhe: você é grande, amigo, pois é você que faz a grandeza da nação.

segunda-feira, 28 de março de 2011

O encontro


Lino Vitti

Exausto e chicoteado pelo bando
Caindo várias vezes na subida
Atravessa a cidade, Cristo, quando
Avista, numa volta, a Mãe querida.

No olhar dela, tristonha e comovida,
São pérolas as lágrimas brilhando.
O Dele é tão profundo e venerando
Que dor ali ocultar-se se duvida.

Os algozes, porém, feros e brutos,
Não Lhe dão nem sequer esses minutos
Onde alívio, talvez, fosse encontrar.

E o Mártir recomeça a sua viagem,
Mas carregando no íntimo uma imagem,
Deixando o coração naquele olhar.

sábado, 26 de março de 2011

A árvore, amiga ou não?

Lino Vitti

Ao proferir o “fiat arbor” (faça-se a árvore), Deus – o Criador - sorriu ante a obra prima que tinha diante dos olhos divinos, sabendo decerto que o Homem além de gostar haveria de admirar, respeitar, louvar e enaltecer essa “criatura”, dadas as belezas de seu porte, de suas cores, de sua estatura, servindo para inúmeras utilidades humanas, como podemos observar através de todos os tempos e de toda a literatura e arte que envolve essa criação . Que imensidade de espécie, que maravilha de forma, que encanto de flores, que grandeza de serviços resultariam de uma árvore, dando ainda, para gáudio humano, um aspecto especial à paisagem, quer unida em floresta, quer isolada, quer em grupo, quer à chuva, quer ao sol!
Toda a poesia, todo o encanto, toda a maravilha arbórea se desfaz entretanto quando o homem resolve, de machado ou serra em punho, utilizar-se da obra divina para alguma de suas necessidades de vida, pois nada mais triste do que ver-se uma árvore abatida, ao longo do chão, decepada dos galhos, das folhas , das flores, e muitas vezes até dos frutos.
Afora a arma assassina do homem, outra personagem existe que soe vergastá-la. É a ventania, é o tufão. Vinda dos confins do horizonte, a tempestade costuma enxovalhar a natureza e assim levar de roldão com sua força assassina, a beleza da árvore, seja no campo, seja na urbe. E nessa desgraça natural dos elementos, a árvore tomba e leva consigo também, e por, e para infelicidade das coisas criadas, aquilo que serve ao homem ou ao próprio homem.
Com o decorrer dos tempos a árvore foi muito maltratada, as florestas devastadas, e muitas espécies dela foram plantadas em lugar inadequado, como uma rua citadina, ao lado das moradias, das indústrias, das escolas, dos arranhacéus, e quando o seu inimigo tufão resolve brigar e colocá-las ao solo, infelizmente não se lhes dá oportunidade para escolher, e assim tombam sobre residências, sobre pessoas, sobre veículos, sobre sistema de energia elétrica ou telefonia, causando estragos e a morte.
Quando se descobriu o Brasil, os assustados navegantes portugueses viram de olhos curiosos a imensidão verde que cobria as terras descobertas, como um milagre a dominar toda a extensão a que lhe era lícito ver. A Serra do Mar subia, subia, quase tocava o sol que, do infinito, espiava aquela invasão insólita, como que adivinhando o desastre futuro dos machados e serras que, ao manejo do braço humano, acabaram por eliminar, tal e qual faz a navalha na barba um rosto, toda aquela vastidão verde, bela, poética, altiva e maravilhosa.
E de amiga que era, a árvore se torna inimiga e toda a sua beleza tomba também com a desgraça que provoca...E o homem protesta, reclama, condena, blasfema... Em vão!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Historinha de uma igreja



Lino Vitti

Mais um escritor na família Vitti: António Vitti. Ele acaba de escrever um livro que o mundo cristão terá possibilidade de ler em breve. Nele se conta detalhadamente a história da vinda de uma nova igreja (com i minúsculo pois se trata de templo), na parte da cidade de Piracicaba, chamada Cidade Alta, envolvendo uma família tradicional (dos Blancos).
É claro que não vou contar nada para vocês, porque o livro é uma bela viagem por um chácara da família cujos donos viviam a vida de cristãos convictos e praticantes – Domingos e Elisa Bianco - modelos de Fé e de Amor a Deus, cercados de filhos amorosos e tementes a Deus, cuja propriedade acabou por se tornar também num ato de Amor a Deus, transformada hoje que foi numa igreja maravilhosa e que distribui felicidade cristã não só aos moradores da Cidade Alta, mas a todos quantos queiram adorar a Deus, freqüentando-a e nela praticar todos os atos que a religião católica ensina, promove, recomenda e abençoa.
O autor Antonio Vitti tem como irmãos Guilherme, Edviges (falecida), Lino, Walter, Padre Arthur, Áurea, Odete, Ester,Marta e Geraldo (falecido), todos vindos do casal saudoso José e Angelina Vitti, lá do famoso Bairro de Santana, neste Município, cristãos católico-apostólico-romanos modelares e trabalhadores. José timbrou sempre para dar aos filhos não só a Fé, mas a cultura humana que faria os descendentes sábios, como assinalam suas atividades e trabalhos a que dedicaram sua vida.
Quem escreve o livro é uma real demonstração do que afirmo e de certo José e Angelina, do Céu, estarão abençoando o filho escritor e que contribuiu de muitas formas para dar à Cidade Alta um templo como o que se encontra à rua Bernardino de Campos, onde cristãos piracicabanos cumprem seus atos de Fé e agradecem a Deus pela igreja que a Família Domingos Blanco lhes legou.
Parabéns, caríssimo irmão. “O Príncipe dos Poetas”, seu mano, espera total sucesso do prendado livro que conta a feliz história da vinda de mais um templo católico.

domingo, 20 de março de 2011

Por que temer?

Lino Vitti

Cristo, antes de subir para o Calvário,
Agonizou no horto, em sangue e dores.
Jardim das Oliveiras, santuário,
Grandioso templo para os sofredores!

Getsêmani. . . Que tétrico cenário
Na antevisão de angústias e de horrores!
E a subida, depois, como um rosário
De sofrimentos glorificadores!

Ele era Cristo. E nós, nós também temos
Um Gólgota a escalar. . . Pedras de ponta
Vão juncando o caminho que fazemos.

Pois se ele teve um horto e tanta afronta,
Por que nosso Getsêmani tememos,
E uma pequena cruz nos amedronta?

sábado, 19 de março de 2011

A esmola

Lino Vitti

A presença de um pobre numa esquina
Esmolando à piedade de quem passa,
Cava-me n'alma um vácuo que assassina
O desejo de ter, pondo-o em fumaça.

A riqueza não é mais que uma traça
Que à consciência social corrói e atina
Quando, às vezes, renega ao pobre a graça
De alguma esmola, embora pequenina.

E é possível assim tanta vileza
Éntre mentes humanas? E' possível
Negar-se um pão à boca da pobreza?!

É possível. E isto é que tumultua
A profundez deste meu eu sensível
Quando vejo um mendigo pela rua.

quarta-feira, 16 de março de 2011

QUE GLÓRIA! QUE ALEGRIA!

(À Tribuna, a Ivana, ao Ludovico)
Lino Vitti


Quinhentas edições! Que glória, que alegria!
A Tribuna sorri! Sorriem Ludo e Ivana.
Sorri este poeta. Há alguém mais que sorria?
Oh! sim, uma legião feliz e soberana!

A legião mais feliz, mais gloriosa e bacana
Do querido leitor que nos lê todo o dia,
Na certeza de que nenhum de nós o engana,
Nesta lida feliz em que um jornal porfia.

Obrigado, Senhor, por esta imensa graça,
De vencer o que é mau, o que é estulto ou trapaça,
De contar dia a dia, a vida da cidade.

E a cada lar dizer o que é bonito e nobre:
A cultura, a notícia, ao rico como ao pobre,
A história deste povo, a grandeza e a bondade!

Pirilampo

Lino Vitti

A noite súa estrelas no infinito
- Sonho feito negrume, atroz, escampo –
Onde a treva semelha um cego grito
Que nestes versos tristemente estampo.

De súbito, porém, estranho mito
Como estrelinha queda em pleno campo,
Eis que surge, eis que solitário fito
O pisca-pisca audaz de um pirilampo.

E eu penso, único e insólito poeta,
Que a luzinha a vagar, sozinha e inquieta,
Tenha caído lá do céu brilhante,

Em busca aqui na terra, loucamente,
De outra estrela fugida tristemente
Do infinito estelar e corruscante.

domingo, 13 de março de 2011

O Poeta

Lino Vitti

Quando o enxergam passar, passos pequenos,
A face magra, quieto, entristecido,
Lançando, às vezes, no ar, mudos acenos
Em gestos de abraçar o indefinido;

Quando o enxergam passar (e o seu ouvido
Não atende aos insultos dos terrenos)
Todos, num quase acento comovido,
Dizem: "Deve ser louco, mais ou menos".

Um dia (nem eu sei como se deu)
Conversamos. Contou-me todo o seu
Viver cheio de angústias e revezes.

É poeta. . . arrependo-me dizê-lo,
Pois eu sei que dirão, agora, ao vê-lo:
"Poeta?. . . então é louco duas vezes!"

sábado, 12 de março de 2011

Sessenta anos de Poesia


Lino Vitti

Caros súditos, poetas e poetisas, caros leitores e leitoras dos jornais matutinos e ou semanários, amigos e intelectuais de Piracicaba, são sessenta anos ou mais que me coloquei a serviço da cultura lítero-poética desta terra, quer escrevendo meus poemas e sonetos nas suas páginas acolhedoras e divulgadoras da arte escrita, quer reunindo sonetos e poemas em 7 livros, graciosamente distribuídos aos que apreciam ainda rimas e estrofes, tropos e cadências, metáforas e sínteses, métrica e versos brancos, quer ainda locupletando gavetas cúmplices ou pastas sonolentas, onde soem repousar papéis inéditos ou esquecidos . São mais de sessenta anos, repito, ou seja uma quase vida inteira brigando com os sonhos, com as esperanças, com o impulso de repassar aos outros aquela coceira incurável da alma dos poetas.
Ser poeta é fácil. Umas pitadas de sentimentos, umas migalhas de observação, umas moedas de estudo, umas gotas de vontade, umas toneladas de amor à vida, aos semelhantes, à natureza, tudo misturado como se faz na cozinha da vida, e pronto, o saboroso bola da Poesia aí está, para ser distribuído em homeopáticas fatias a quem quer que seja, a maioria degustando-o com prazer e conhecimento, outros poucos lançando-se à aventura infeliz de não gostar dele e criticar os míseros amigos e amigas das musas, como pura perda de tempo, de papel, de tinta,agora, de teclas e cliques. Só que o bolo da Poesia é imortal, E quanto mais fatias os seus trabalhadores (poetas) distribuem, mais aumenta o bolo, mais saboroso fica, pois o fermento que o expande vem das profundezas do espírito humano, onde moram o Belo, os Sonhos, o Encanto, o Amor, a Deus e aos semelhantes.
Mais de sessenta anos!!! Teria valido a pena? Teria compensado o afã incessante do poeta na busca de transmitir a imortalidade da Poesia? Tantos versos, tantas rimas, tantas estrofes, tantos sonetos, tantas baladas, tantos poemas enfim, teriam deixado para traz alguma luz de encanto, algum aplauso, algum seguidor, algum substituto, algum guerreiro da pena e do teclado disposto a dar continuidade ao feliz manejar dessa Arte cujos primeiros luzores se perdem na voragem dos tempos, cujo ocaso é imprevisível e impossível, porque, repetimos, a Poesia é imortal como a alma de onde brota e se expande no turbilhão da vida.
Estou convencido de que valeu a pena, sim. O povo não diz, mas lê jornais, lê livros, lê revistas, lê, lê sempre. E sei que lê poesia, lê crônicas, lê artigos, lê editoriais, lê notícias... Em minha vida de redator de jornais, fui testemunha de um fato curioso que comprova a afirmativa acima. Mantive eu por muito tempo uma coluna chamada “Prato do Dia”, num dos jornais piracicabanos. Durou bastante tempo. Um dia foi extinta. Entretanto, depois de decorridos mais de 15 anos, era surpreendido por velhos leitores com a pergunta: “Seu Vitti, por que não tem mais Prato do Dia?”. Ou “Como eu gostava daquela coluna Prato do Dia”.
Valeu a pena, pois tenho certeza de que milhares de leitores, leram meus poemas e lerão os poemas de todos aqueles que se entregam ao feliz metier de poetar. E recebi, como prêmio de meus tantos e longos anos de Poesia, o honroso e significativo título de “Príncipe dos Poetas Piracicabanos”, fazendo companhia ao imenso Olavo Bilac, príncipe da Poesia do Brasil, e Guilherme de Almeida , Príncipe dos Poetas Paulistas.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Pequena tragédia


Lino Vitti

O olhar firme, magnético, ferino,
Sondando as copas quietas do arvoredo,
Bodoque às mãos, agacha-se o menino,
Numa imobilidade de rochedo.

E espera. . . espera. . . Súbito lá encima
Repousa um pintassilgo pequenino
Que canta, ingenuamente canta e rima,
O poema feliz do seu destino.

Num silvo de serpente traiçoeira
Parte a pelota rápida e certeira,
Acerta e mata, bárbara e selvagem.

E a impressão que se tem nessa hora triste
É a de um pequeno drama ao qual se assiste
Sob a sombra inocente da ramagem
.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Hino à Rio Claro



Lino Vitti


Estribilho

Glória, glória, rioclarense,
povo altivo e varonil.
Rio Claro lhe pertence,
é um pedaço do Brasil !


I


Teu destino, Rio Claro,
nasceu junto a um ribeirão,
- um tesouro puro e caro,
una história irmão a irmão.
Deste marco, por teus filhos,
a lutar com devoção,
Rio Claro lançou trilhos
a caminho do sertão.

(Estribilho)


II


Nobre terra, forjadora
de progresso e educação;
é na indústria, é na lavoura,
no trabalho e religião.
Carinhosamente a alcunha
de “Cidade Azul” lhe dão.
O farol do amor empunha,
traz a luz do ensino à mão.


(Estribilho)


III


Há no céu, mais azulado,
paz, quietude, sonho e união.
Lindo bosque, lado a lado,
- verde e azul do Pavilhão.
Rio Claro, Rio Claro,
singular, feliz torrão.
Tem do céu supremo amparo,
tem as bençãos de São João.

segunda-feira, 7 de março de 2011

MULHER


Mulher
Lino Vitti
(à minha esposa Dorayrthes)

Consorte, companheira, esposa, com que termos
Melhor pincelaria o teu vivo retrato?
Somos tolos, eu sei, somos uns estafermos,
Somos homens banais, estúpidos de fato!

Bastaria dizer: mulher, para sabermos
O que é virtude, amor, sonho e recato.
Sem ela a vida é escura, andamos pelos ermos,
Somos pobre viajor perdido em ínvio mato.

Mulher, mulher da gente, a gente diz que é minha,
É palavra que a exprime em toda a plenitude
E a põe no coração feita única rainha.

Mulher é o que diz tudo: encantos e virtude,
Dizer: “minha mulher” então nos avizinha
Do êxtase divinal da excelsa beatitude.

domingo, 6 de março de 2011

Ruínas


Lino Vitti

Caminho entre ruínas. Muge o vento
Ao passar entre os muros denegridos.
Pesa a opressão fatal do esquecimento,
Ambulam sombras de entes esquecidos.

Caminho. . . Desce do alto o lenimento
De um luar sedativo, pois, feridos
São os muros, o teto, o pavimento,
Por onde trilam grilos escondidos.

Destroços de ilusão, de ideais, de sonhos,
Trapos de corações rotos, tristonhos,
Foi tudo o que encontrei em muitas vidas.

Que nem tinham sequer o lenitivo
De um luar de consolo, branco, vivo,
Levemente a pensar-lhes as feridas.

quarta-feira, 2 de março de 2011

A cidade da relva


Lino Vitti

Impressão minuciosa de cousas pequenas,
Miniaturas de selvas na relva.
Cada hastezinha é um tronco enorme
E, em cada tronco, um inseto que dorme
É um bicharoco descomunal.

Lampejos de luz nas asas de verniz,
Esperdiços de cor, um carnaval.
Foi, certamente, algum pintor infeliz
(Não sei se involuntário ou porque quís)
Que deixou cair todas as latas de tintura
Sobre a floresta-miniatura.
E cada perdigoto
Transformou-se num inseto maroto
Que saiu a pular
Pra viver e morar
No pequena floresta encantada. . .
"Era uma vez". . . histórias de fada.
Gulliver no país dos anões.
Mas eu mesmo sou estranho gigante
Que, foi, numa hora de sol,
Visitar esse paisinho extravagante
onde há arcos triunfais de aranhol,
Onde cada formiga é asiático elefante.

E que noites fantásticas
Deve haver nesse mundozinho impossível,
Nesse mundo minúsculo,
Que mistério nos mistérios do crepúsculo,
E que lua redonda, que lua tamanha!
Quem foi que assoprou essa bolha de sabão
De detrás da montanha?
Ela gosta também, ela é criança,
De mandar sua luz mansa
Brincar na selvazinha mágica,
Brincar de ser luz elétrica.
Ouvís essa longínqua orquestra
De pandeiros, saxofones,
Violões ,gramofones,
Violinos, flautins?
Flautas, clarinetas,
Líricas trombetas,
Místicos clarins?
Gaitas, gaiatas, bandolins?
É a orquestra da cidade-miniatura,
É a música da selva ao plenilúnio,
Num carnaval de instrumentos esquisitos
Que improvisam ao relento
Tantos coros bonitos.

- Que horas são? - Um momento. . .
Silêncio. . . Compassados apitos. . .
Os grilos estão vigiando a cidade da relva.
Impressão gigantesca de minuciosidades.

terça-feira, 1 de março de 2011

Pequeno abandonado

http://rodibasilio.blogspot.com/

Lino Vitti

Às soltas, pela rua, sujo e roto,
Quase triste no olhar, quieto e franzino,
Vejo-o sempre passar, pobre garoto,
Folha atirada ao rio do Destino.

Às vezes sério e bom; outras, maroto.
Agora serviçal; depois, mofino.
E fuma, e briga, e, esperto e muito afoito,
Não recua, não teme, esse menino!

Tendo povoada de contrastes a alma,
Ora em revoltas, ora doce e calma,
Rola, sem rumo, ao látego da sorte.

Mais tarde, que será do infelizardo?
Cidadão, assassino, gênio ou bardo?
Ou um Dimas, talvez, na hora da morte?

PRÍNCIPE DOS POETAS DE PIRACICABA

CURRICULUM VITAE
( Síntese de Vida)
NOME – Lino Vitti
IDADE – 08/02/1920
ESTADO CIVIL – Casado, em únicas núpcias, há 56 anos, com a Professora Dorayrthes Silber Schmidt Vitti
FILIAÇÃO – José e Angelina Vitti
NATURALIDADE – Piracicaba, Estado de São Paulo –Brasil
Bairro Santana , Distrito de Vila Rezende
VIDA FAMILIAR
Casamento Civil e Religioso em comunhão de bens, Pai de sete filhos: Ângela Antónia, Dorinha Miriam, Rosa Maria, Fabíola , Lina, Rita de Cássia, Eustáquio.
VIDA PROFISSIONAL
Aposentado como Diretor Administrativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba, e como Redator do “Jornal de Piracicaba”. Exerceu atividades no comércio, no Magistério, na lavoura até os l3 anos, na municipalidade local, como bibliotecário, lançador de impostos, protocolista, Secretário Municipal.

VIDA CULTURAL
ESCOLA PRIMÁRIA –
Grupo Escolar “Dr. Samuel de Castro Neves”, Santana, seminarista vocacional ao sacerdócio por seis anos, no Colégio Santa Cruz, da cidade de Rio Claro (SP), onde cursou humanidades, línguas, religião, ciências, matemáticas, música.
CURSOS –
Formou-se Técnico em Contabilidade, lecionou latim, francês, datilografia.

VIDA RELIGIOSA
Católico, Apostólico, Romano, fez curso de religião em seminário dos Padres Estigmatinos, foi organista da Catedral e da Igreja de São Benedito, de Piracicaba, e Congregado Mariano.
VIDA LITERÁRIA
Bafejado por ensinamentos de sábios sacerdotes em colégio de formação religiosa, recebeu extraordinário acervo literário que lhe propiciou enveredar pelo caminho da poesia, da crônica, dos contos, do jornalismo, havendo editado de l959 a 200l sete livros de poesias e contos, com edições em milheiros de volumes, os quais estão aí para satisfazer o gosto daqueles que apreciam a arte literária.
São seus livros : “Abre-te, Sésamo”, l959; “Alma Desnuda”, l988; “A Piracicaba, Minha Terra”, l99l; “Sinfonia Poética”, de parceria com o poeta Frei Timóteo de Porangaba; “Plantando Contos, Colhendo Rimas”, l992; “Sonetos Mais Amados”, l996 e “Antes que as Estrelas brilhem”, 200l. O poeta conta ainda com o prazer de haver composto hinos para diversos municípios, bairros rurais, entidades sociais diversas, continuando a colaborar ainda, após os 83 anos em colunas literárias e com artigos de ordem geral em jornais da terra.
Faz parte da Academia Piracicabana de Letras que lhe outorgou o título honorífico de “PRÍNCIPE DOS POETAS DE PIRACICABA’.
Foi-lhe concedida Pelo Município de Piracicaba, através de sua Secretaria da Ação Cultural, a MEDALHA DE MÉRITO CULTURAL, “ Prof. OLÊNIO DE ARRUDA VEIGA’; é detentor do TROFÉU IMPRENSA, concedido pelo Lions Clube de Piracicaba, centro, e da MEDALHA ITALIANA, concedida pelo governo italiano de Benito Mussolini aos alunos de escolas e seminários de origem daquele país que tivessem se destacado em redação de trabalhos literários escritos na língua de Dante.
O Município de Saltinho, para o qual contribuiu com o Hino dessa comunidade municipal , conferiu-lhe o título de “Cidadão Saltinhense”.

DISCURSO

Por ocasião do lançamento do livro de poesias “Antes que as estrelas brilhem “, pelo poeta Lino Vitti foi proferido o seguinte discursos:

Exmo. Sr. Heitor Gauadenci Jr. dd Secretário da Ação Cultural

Exmo. sr. António Osvaldo Storel. dd. Presidente da Câmara de

Vereadores de Piracicaba

Exmo.sr. Moacyr Camponez do Brasil Sobrinho, dd. Presidente do Instituto Histórico e Geográfico

Exmo,. sr. Henrique Cocenza, dd. Presidente da Academia Piracicabana de Letras

Exmo.. Sr. Ésio Pezzato , anfitrião desta solenidade

Senhoras e Senhores

Pela sétima vez (graças a Deus) em minha vida lítero-poética vejo-me guindado a uma tribuna improvisada (o que é bom porque torna o fato mais popular), para proferir um discurso de agradecimento, ao lado da oferta de um novo livro de versos. É teimosia essa de poetas em desovar sua produção para que mais gente participe de suas tiradas, muitas vezes fora de forma e de ambiente, mas que o poeta não vê porque , ao editar um novo livro está cego pela emoção , como se fosse a vez primeira. Está aí o Ésio Pezzato, responsável por mais esta minha invasão no mundo das letras poéticas, para dizer se não é assim. Para dizer se não sofre também dessa doença feliz de editar livros e mais livros a ponto de perder a conta, já que a esta altura ele não sabe se já está no décimo ou décimo primeiro. E ainda continua batendo dedos de métrica, sabemos lá por quantos anos ainda !

Tenho um ex-colega de seminário, prof. Hildebrando André, aposentado como professor universitário e com o qual mantenho longa e pródiga correspondência, que não se cansa de enaltecer a felicidade de Piracicaba contar com tantos poetas e poetisas. Tem razão ele, pois se apenas dois deles já conseguiram editar l8 livros de poesia, imagine-se as centenas que seriam necessárias para dar um pouco de vazão a essa raridade intelectual que toma conta da minha terra!

Este meu livro vem à lume por obra e arte do prefeito José Machado , seu Secretário da Ação Cultural e de seu zeloso servidor Ésio Pezzato que se entusiasmaram diante da recitação de diversos poemas meus por um grupo de jograis, alunos da UNIMEP, e impressionados decidiram patrocinar a publicação deste livro, pois entenderam que Piracicaba poética merecia conhecer em mais profundidade o seu príncipe da poesia. E aí está, lindo e impecável, entregue às mãos do povo de Piracicaba, que indistintamente de cor, estudos, intelectualização , posses financeiras, categoria de trabalho, com religião ou agnóstico, jovem ou adulto, roceiro ou citadino, aí está, para quiçá, momentos de lazer e sonho. Sonho , sim, porque a poesia é terrivelmente sonhativa , vive no mundo da fantasia, alicerça-se nas bases da emoção e brota do âmago mais profundo do poeta, e para que as filhas de Eva não reclamem, da poetisa também.

Alguém me perguntará? Como é ser poeta? Juro, nunca pensei nisso. Acho que ninguém consegue ser poeta. Já é. Nasce feito, como dizem.

não é verdade Maria Cecilia, Ivana Maria, Ésio Pezzato , Prata Gregolim, Marina Rolim, Valter Vitti, Mario Pires, Saconi, e tutti quanti enfeitam com seus lindos versos as páginas do “ Jornal de Piracicaba, ou da “Tribuna Piracicabana , e assim também esse cacho imenso de livros poéticos que quase semanalmente são dados ao conhecimento e sentimento público de nossa terra ? Tornando-se um privilégio de uma cidade, como disse alhures o supra citado meu colega seminarístico Hildebrando André. ?

Não se suponha que para ser poeta é preciso ter nascido em berço de ouro ou em centros intelectuais de enorme repercussão. Nada disso. Tenho um soneto que define bem esse fato. É assim: “Eu não sou o poeta dos salões / de ondeante, basta e negra cabeleira] não me hás de ver nos olhos alusões / de vigílias, de dor e de canseiras. // Não trago o pensamento em convulsões,/ de candentes imagens, a fogueira. / não sou o gênio que talvez supões/ e não levo acadêmica bandeira.// Distribuo os meus versos em moedas/ que pouco a pouco na tua alma hospedas / - raros , como as esmolas de quem passa. / Mas hei de me sentir feliz um dia/ quando vier alguém render-me graça/ por o fazer ricaço de poesia. // “ . Poetas e poetisas saem do nada , devem trazer o selo ou o bilhete de entrada nesse reino encantado desde o útero materno, embora ouse eu afirmar que a vida é também uma grande mestra , as influências da mentalidade circunvizinha,

o próprio meio ambiente, podem , em circunstâncias outras , plasmar um poeta .

Eu fui plasmado , por exemplo, por entre maravilhas campestres. A roça ou o campo são fantásticos criadores de poesia. Ela anda atapetando por todos os cantos a natureza, as gentes, os animais, os atos e fatos. e a cabeça daqueles com quem ela convive. E o poeta, criador por excelência, se abebera de todas as belezas esparsas pelas colinas, serras, vales e descampados , para transformar tudo em versos e rimas, ou em versos simplesmente, onde pululam , como cabritos silvestres, as figuras literárias, os tropos, as sínteses, as comparações, e todos os anseios que lhe vão no imo da alma. Para satisfação própria e para satisfação dos que convivem com o poeta. E´ por isso que se botardes olhos curiosos sobre meus poemas havereis de tropeçar a todo o momento com um motivo roceiro, pois trago uma alma plasmada pelas belezas rurais de Santana, Santa Olímpia , Fazenda Negri, e especialmente por aquela colina encimada ,no cocuruto, pelo prédio do grupo escolar, onde aprendi a ler e escrever e a poetar.

Peço desculpas por haver-me prolongado um pouco nestas elucubrações poéticas, desobedecendo aos conselhos do amigo Ésio que continua exigindo de mim discursos improvisados, o que seria tão para os ouvintes , que ansiosamente aguardam o momento de bater palmas acabando assim com a verborragia oratória.

Não posso entretanto encerrar esta breve alocução sem deixar consignados meus agradecimentos do fundo do coração ao prefeito José Machado ,ao seu Secretário da Ação Cultural Heitor Gaudenci Junior, ao seu sub-secretário poeta Ésio Pezzato, ao prefaciador Moacyr de Oliveira Camponez do Brasil sobrinho, aos queridos opinadores Maria Cecília Bonachella, Maria Ivana França de Negri, exímias poetisas, prof. Elias Salum e a minha filha Universitária Fabíola Vitti Moro, pela maravilhosa capa, Editores e toda equipe de funcionários , à minha esposa pela sugestão transmitida ao prefeito com relação ao advento desta obra, aos digitadores Nair , minha nora e neto Leonardo, e outros que possa ter esquecido, como é fácil em cachola idosa, - meus agradecimentos repito, pela reunião de esforços e trabalho que tornaram possível o advento de mais um livro de minha lavra.

Obrigado “ em geralmente” como dizem nossos cururueiros, aos que ilustraram com sua arte musical esta solenidade e assim também a todos quantos acharam um tempinho para vir prestigiar-me nesta tarefa de cultura e arte. Levem a certeza de que nada mais desejo do que engrandecer com minha poesia a terra que me viu nascer, a terra que me viu crescer, a terra que me proporcionou oportunidade para chegar a um cargo tão nobre quão dignificante de “Príncipe dos Poetas de Piracicaba”

Meu carinhoso obrigado também aos meios de comunicação, de modo especial “Jornal de Piracicaba”, na pessoa de seu Editor Chefe Joacyr Cury , de “A Tribuna Piracicabana”, na de seu diretor Evaldo Vicente, pela divulgação caprichosa deste evento que afinal nada mais é do que mais uma demonstração da exuberância cultural da Noiva da Colina.

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