Lino Vitti - Príncipe dos Poetas Piracicabanos

Lino Vitti - Príncipe dos Poetas Piracicabanos
Lino Vitti- Príncipe dos Poetas Piracicabanos

O Príncipe e sua esposa, professora Dorayrthes S. S. Vitti

Casamento

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Bodas de Prata

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Lino Vitti e seus pais

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Lino Vitti e seus vários livros

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O Príncipe agradece a visita e os comentários

60 anos de Poesia


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A DERRUBADA


Lino Vitti

Atrôa o bate-bate retumbante
Dos mordentes machados na madeira.
E nessa luta trágica e gigante
Rolam troncos em longa choradeira.

Aqui um jequitibá soberbo, adiante
Uma velha e frondosa caneleira.
Um cedro, um peroba farfalhante,
Toda a legião da flora brasileira.

O machado decepa inexorável,
Nada lhe escapa à cólera maldita,
Nada o detém na sanha abominável.

E há em cada tombo lástimas soturnas,
E a cada golpe toda a selva grita
Pelo eco das quebradas e das furnas.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

OTIMISMO


 Lino Vitti

Somos todos viajantes de um risonho,
Encantado e mirífico país,
Onde buscamos, cada qual, um sonho,
Onde sonha, cada um, ser mais feliz.

Mas às vezes aos pés se abre medonho
O abismo do infortúnio e, por um triz,
Não traga o báratro o viajor tristonho,
Que chora, que blasfema, que maldiz!

Outras, porém, e quase sempre, a vida
Abre-se em alas das mais lindas flores,
De encanto e primavera entretecida.

Os pássaros flauteiam entre olores,
Baila em tudo um sorriso que convida,
E, n'alma, azul, se arqueia um céu de amore

sábado, 26 de janeiro de 2013

Texto de Lino Vitti em outros Blogs

Texto de Lino Vitti


VINDE LUZ DO MUNDO
Postado por 

A escuridão moral, social, política, religiosa, educacional, toma conta do mundo. Dispensa comprovação. Qualquer atento olhar de quem quer que seja, verifica esta verdade dominante sobre todas, embora não se trate de uma escuridão da noite natural, mas de uma mais compacta qual seja a escuridão moral, a escuridão do Amor a Deus e aos semelhantes, a escuridão da Fé e da Crença no Reino da Luz. Parece se acentuar cada vez mais a ausência de Deus dos corações humanos, e a humanidade corre, corre, quanto mais pode, atrás de fatuosidades, em busca da falta da Luz, envolvida no desamor, na ignorância da Fé, na inversão do Amor que passa a amar cada vez mais as trevas, o esquecimento de Deus, aconselhado por um mundo dado ao materialismo, ao mundanismo, numa louca fuga dos mandamentos e sacramentos divinos. O mundo aguarda o Natal, o evento universal que anuncia o Nascimento de Cristo - Deus feito Homem para salvação da criatura por Deus posta no mundo para ajudá-lO no Reino de Deus aqui posto um dia – Dia 25 de Dezembro – já há 2.011 anos, comemorado pela humanidade cristã e pagã de forma diversa, digna ou indigna, como Festa de Deus de um lado, como festa da carne de outro. Enquanto os espíritos guiados e abençoados por Deus, ouvem o choro, talvez do frio da noite, vindo do estábulo de Belém, e tentam agasalha-lO com preces e cânticos angélicos, outros, endurecidos corações, dão ouvidos ao sussurrante materialismo e partem para onde se celebra a comilança, os passeios, as praias, os motéis, em homenagem ao inverso da festa de Cristo que nasce e vive na terra para salvar o homem e até, se arrependidos, aqueles que o desprezam e esquecem de vê-lo na manjedoura que acolheu o Filho de Deus, berço terreno onde repousou, sem travesseiros e sem cobertas, mas em palhas ressequidas do capim dos animais, a cabeça celestial Daquele que o Pai enviava do seu Reino Infinito. Natal, estamos cansados de escrever, é celebração divina, portanto é momento propicio de se unirem corações, de se compreenderem intelectos, de se amarem semelhantes, de orarem todos os lábios, numa oração universal que expulse do mundo esse espírito anti-natalino e ansioso de materialismo estomacal, pois o de que o mundo necessita é de Deus, é de oração, é da Verdade, e do amor mútuo entre o Céu e a Terra, para a felicidade de todas as almas que amam a Deus e aos seus irmãos de universo. E como dizíamos, lá no alto desta pobre crônica, que pede escusas ao Menino Deus pela humildade de que ela se reveste, o mundo está necessitando cada vez mais de luz, da Luz do Natal para iluminar os corações, chamando-os a amar cada vez mais o personagem natalino, para ouvir cada vez mais os cânticos angelicais da Noite Santa, para orar cada vez mais e pedir mais Amor ao Céu, digno de amar como se deve a Deus que não se humilhou de enviar um dia à Terra o seu Filho, para salvar, com Sua Crucificação e Morte, a condenada humanidade.

Texto do Poeta LINO Vitti

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

EXAGERO POÉTICO* por Lino Vitti


Ésio Pezzato declamando

                Os poetas,  não sei se bem ou mal, nem sempre usam com a devida capacidade crítica as suas produções escritas, pois a fantasia se perde em elucubrações nem sempre em consonância com a realidade, isto porque o mundo por onde passeiam sua inteligência é um país imenso, diria sem limites. Mas são perdoados porque são simplesmente poetas.
                O mundo cultural já nos deu incontáveis líricos cuja arte e cuja palavra, formam um perpetuo santuário de beleza, sonhos,  tropos imortais, atravessando a barreira do tempo e  perpetuando, em rimas ou sem rimas, o maravilhoso mundo dos poemas, sonetos e baladas. Gênios sem limites, os poetas se eternizam, porque a poesia vem da eternidade divina e volta ao céu com a eternidade humana.
                A que vêm porém essas rápidas e sentimentais considerações sobre o que chamamos poesia que mexe com os mais profundos escrínios da sensibilidade da alma e do coração, senão do fato de um insigne vate piracicabano – verdadeiro poeta Ésio Pezato – mexer nessa pira paradisíaca com um  seu belo e sincero artigo em edição de  “A Gazeta de Piracicaba”.                             , tecendo luminares considerações sobre a minha vida e obra poéticas, quiçá algo tisnado de algum exagero amigo e que foi despertar o meu dever de apertar-lhe a mão em sinal de “muito obrigado” ou “Deus lhe pague”, para melhor dizer.  
                Ésio é um grande poeta humilde que tenta me colocar sempre acima de seu esplendor poético quando na realidade, é o contrário que se dá: o “esplendor” está do lado dele, pois superou o “mestre” que se perdeu no caminho  do país da poesia ultrapassado pelo “aprendiz”, o que não é novidade nenhuma, pois são tantos os alunos que ultrapassam os professores em qualquer arte humana. Que faço eu para apagar essa valorosa e brilhante consideração do meu maior aluno nessa escola da felicidade poética? Não sei, nem vou tentar, pois os poetas não podem ser contraditados  porque a poesia é o marco de cada um que a ama e cultiva.
                Entretanto agradecer não faz mal a ninguém.Dizer “grazie” é sinal de gratidão e que muito devo ao exagerado aluno que me quer colocar no pináculo onde ele se encontra, inalcançável e soberano.

*texto publicado na Gazeta de Piracicaba 23/01/2013

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Lino Vitti - por Ésio Antonio Pezzato*


(foto arquivo de Ivana Negri)

Meus queridos leitores sabem que nesses quase dois anos de Gazeta, abri uma única exceção em minhas crônicas, para falar de pessoas vivas, no aniversário de minha Mãe em março do ano passado. Peço licença novamente, pois vou falar de outra pessoa de meu convívio e a quem devo simplesmente tudo o que sou e ainda mais um pouco, sobre minha incursÃo no mundo da Poesia.
Vou falar de Lino Vitti, Mestre da Poesia, Prí­ncipe da Poesia Piracicabana. Meu Mestre. Meu Professor. Meu Amigo.
Conhecemos-nos em janeiro de 1972, quando fui  revisor no Jornal e lá ponteava na redação, o Poeta Lino Vitti. Alma sensí­vel,  acanhado, tímido, que até hoje fica vermelho como um pimentão, quando elogiado.
Na envergadura de seus 93 anos, Lino ainda faz Poesia como Mestre e dá mostras a todos nós, seus súditos, que das misteriosas fontes da Poesia, ele bebe diariamente o néctar da Inspiração pura e sagrada que rola das montanhas de Pindo.
Euterpe estava de plantão, quando Lino veio ao mundo e bafejou-lhe o hálito dos versos.
Lino Prí­ncipe. Brinca de roda na roda da Poesia. Tece sonetos magistrais. Faz quadras e trovas, baladas lí­ricas. Seus sonetos trazem a magia secreta dos iluminados, a magia, a sensibilidade, a ternura, o afeto... Ler os sonetos de Lino Vitti é sentir o arrolo das rolinhas, os trinados de um bom papa-capim, a campainha dourada de um canário da terra, os pios de um sem-fim, os cantos noturnos do urutau, as bigornadas das arapongas, os chiados das cigarras... Decifrar os versos de Lino Vitti é alcançar os páramos celestes, É ver e sentir o despencar de cachoeiras marulhantes, É ouvir o nosso Salto em sinfonias de águas caindo, é ver os céus caipiras de Santana e Santa Olí­mpia, é ver os efeitos de um lápis-lazúli em folha de ouro... é ver o lavor de ouro sobre esmalte que se traduz numa das mais lindas palavras do Idioma Português: Trasflor. (Eu adoro a palavra trasflor!)
Lino Vitti é poeta nativo. Cantou nossa Terra num magistral poema em sextilhas douradas e marchetadas de prataria.
Nos anos que se sucederam ao término da Segunda Guerra Mundial, que assolou e solapou o mundo, Lino compôs um maravilhoso poema falando dos horrores da guerra e exaltando os grandes homens que lutaram para a mesma terminasse.
Enviou o poema ao primeiro ministro inglês, Winston Churchill, que agradeceu ao Poeta com um cartão que trazia sua assinatura. Lino perdeu esse manuscrito do grande estadista, mas o poema ainda vive em originais na Biblioteca Pública de nossa cidade e pode ser lido... Ou melhor, que deve e merece ser lido. Em livro o Poema  não está completo.
Lino, queria dizer a você muito mais do que consigo. Minha alma aprendiz precisa sempre de seus conselhos para poder ver melhor a Beleza a Força, a Sabedoria que seus versos teimam trazer quase como lugar comum.
Sou seu eterno aluno. E luto em meu dia a dia, em cada verso, em cada rima, em cada estrofe, em cada soneto, para poder dar-lhe o meu muito obrigado. Estudo diariamente o compêndio de aprendiz dos versos para não decepcioná-lo nunca e merecer o título de Poeta.
Não nasci para ser outra coisa na vida que não fosse Poeta e assim sendo, de um Poeta Aprendiz para o Prí­ncipe da Poesia Piracicabana, apenas uma frase final:
De coração, obrigado, meu Mestre, meu Poeta, meu Prí­ncipe Lino Vitti. E parabéns pelas festivas 93 Primaveras completadas em duas datas distintas. Só um poeta-príncipe consegue isso. Que o Grande Arquiteto do Universo o ilumine hoje e sempre.
do eterno aluno Aprendiz.
*texto publicado na Gazeta de Piracicaba

domingo, 20 de janeiro de 2013

DESEJO BUCÓLICO


Lino Vitti

Disparei pela estrada, o meu tordilho,
Bebendo luz de sol a grandes haustos.
Revestia a manhã mágico brilho,
Subia uma onda de perfumes lautos.

Havia, dentre as frondes, um bisbilho,
Uns pipilos de pássaros incautos.
E, nós, enveredando oculto trilho,
Chegamos, eu e o meu cavalo, exaustos.

Aqui sim, quanta paz! Quanto sossego!
Bem distante dos homens e do emprego
Que torturam a pobre alma da gente.

Oh ! Se o verdor da mata alimentasse
Exigiria deles o meu "passe"
Para viver na mata, eternamente.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O Príncipe Lino Vitti completa 93 Primaveras hoje!

O Poeta Lino Vitti completa 93 anos hoje!
Parabéns ao Príncipe da Poesia, muita saúde e inspiração.
O poeta com sua esposa Dorayrthes
Alguns comentários no facebook:

domingo, 13 de janeiro de 2013

A VOZ DO OCASO



Lino Vitti

No ingrato caminhar de  toda uma existência
muita alegria vai ficando para trás.
Os prazeres da infância, os cantos da inocência,
os momentos de guerra, as delícias da paz.

São os dias azuis , as noites,  por coerência,
têm estrelas demais, tantas o espaço traz!
E a mocidade após, poço  de inconsequência,
em rubro estrelejar de ilusões se desfaz.

Conversam entre si o amanhecer e a tarde,
a infância corriqueira e a velhice dorida,
em discursos joviais ou vozes  sem alarde.

O que escuto porém – palavra fementida –
é a triste afirmação tresloucada e covarde
do diálogo outonal do poente da vida.

PRÍNCIPE DOS POETAS DE PIRACICABA

CURRICULUM VITAE
( Síntese de Vida)
NOME – Lino Vitti
IDADE – 08/02/1920
ESTADO CIVIL – Casado, em únicas núpcias, há 56 anos, com a Professora Dorayrthes Silber Schmidt Vitti
FILIAÇÃO – José e Angelina Vitti
NATURALIDADE – Piracicaba, Estado de São Paulo –Brasil
Bairro Santana , Distrito de Vila Rezende
VIDA FAMILIAR
Casamento Civil e Religioso em comunhão de bens, Pai de sete filhos: Ângela Antónia, Dorinha Miriam, Rosa Maria, Fabíola , Lina, Rita de Cássia, Eustáquio.
VIDA PROFISSIONAL
Aposentado como Diretor Administrativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba, e como Redator do “Jornal de Piracicaba”. Exerceu atividades no comércio, no Magistério, na lavoura até os l3 anos, na municipalidade local, como bibliotecário, lançador de impostos, protocolista, Secretário Municipal.

VIDA CULTURAL
ESCOLA PRIMÁRIA –
Grupo Escolar “Dr. Samuel de Castro Neves”, Santana, seminarista vocacional ao sacerdócio por seis anos, no Colégio Santa Cruz, da cidade de Rio Claro (SP), onde cursou humanidades, línguas, religião, ciências, matemáticas, música.
CURSOS –
Formou-se Técnico em Contabilidade, lecionou latim, francês, datilografia.

VIDA RELIGIOSA
Católico, Apostólico, Romano, fez curso de religião em seminário dos Padres Estigmatinos, foi organista da Catedral e da Igreja de São Benedito, de Piracicaba, e Congregado Mariano.
VIDA LITERÁRIA
Bafejado por ensinamentos de sábios sacerdotes em colégio de formação religiosa, recebeu extraordinário acervo literário que lhe propiciou enveredar pelo caminho da poesia, da crônica, dos contos, do jornalismo, havendo editado de l959 a 200l sete livros de poesias e contos, com edições em milheiros de volumes, os quais estão aí para satisfazer o gosto daqueles que apreciam a arte literária.
São seus livros : “Abre-te, Sésamo”, l959; “Alma Desnuda”, l988; “A Piracicaba, Minha Terra”, l99l; “Sinfonia Poética”, de parceria com o poeta Frei Timóteo de Porangaba; “Plantando Contos, Colhendo Rimas”, l992; “Sonetos Mais Amados”, l996 e “Antes que as Estrelas brilhem”, 200l. O poeta conta ainda com o prazer de haver composto hinos para diversos municípios, bairros rurais, entidades sociais diversas, continuando a colaborar ainda, após os 83 anos em colunas literárias e com artigos de ordem geral em jornais da terra.
Faz parte da Academia Piracicabana de Letras que lhe outorgou o título honorífico de “PRÍNCIPE DOS POETAS DE PIRACICABA’.
Foi-lhe concedida Pelo Município de Piracicaba, através de sua Secretaria da Ação Cultural, a MEDALHA DE MÉRITO CULTURAL, “ Prof. OLÊNIO DE ARRUDA VEIGA’; é detentor do TROFÉU IMPRENSA, concedido pelo Lions Clube de Piracicaba, centro, e da MEDALHA ITALIANA, concedida pelo governo italiano de Benito Mussolini aos alunos de escolas e seminários de origem daquele país que tivessem se destacado em redação de trabalhos literários escritos na língua de Dante.
O Município de Saltinho, para o qual contribuiu com o Hino dessa comunidade municipal , conferiu-lhe o título de “Cidadão Saltinhense”.

DISCURSO

Por ocasião do lançamento do livro de poesias “Antes que as estrelas brilhem “, pelo poeta Lino Vitti foi proferido o seguinte discursos:

Exmo. Sr. Heitor Gauadenci Jr. dd Secretário da Ação Cultural

Exmo. sr. António Osvaldo Storel. dd. Presidente da Câmara de

Vereadores de Piracicaba

Exmo.sr. Moacyr Camponez do Brasil Sobrinho, dd. Presidente do Instituto Histórico e Geográfico

Exmo,. sr. Henrique Cocenza, dd. Presidente da Academia Piracicabana de Letras

Exmo.. Sr. Ésio Pezzato , anfitrião desta solenidade

Senhoras e Senhores

Pela sétima vez (graças a Deus) em minha vida lítero-poética vejo-me guindado a uma tribuna improvisada (o que é bom porque torna o fato mais popular), para proferir um discurso de agradecimento, ao lado da oferta de um novo livro de versos. É teimosia essa de poetas em desovar sua produção para que mais gente participe de suas tiradas, muitas vezes fora de forma e de ambiente, mas que o poeta não vê porque , ao editar um novo livro está cego pela emoção , como se fosse a vez primeira. Está aí o Ésio Pezzato, responsável por mais esta minha invasão no mundo das letras poéticas, para dizer se não é assim. Para dizer se não sofre também dessa doença feliz de editar livros e mais livros a ponto de perder a conta, já que a esta altura ele não sabe se já está no décimo ou décimo primeiro. E ainda continua batendo dedos de métrica, sabemos lá por quantos anos ainda !

Tenho um ex-colega de seminário, prof. Hildebrando André, aposentado como professor universitário e com o qual mantenho longa e pródiga correspondência, que não se cansa de enaltecer a felicidade de Piracicaba contar com tantos poetas e poetisas. Tem razão ele, pois se apenas dois deles já conseguiram editar l8 livros de poesia, imagine-se as centenas que seriam necessárias para dar um pouco de vazão a essa raridade intelectual que toma conta da minha terra!

Este meu livro vem à lume por obra e arte do prefeito José Machado , seu Secretário da Ação Cultural e de seu zeloso servidor Ésio Pezzato que se entusiasmaram diante da recitação de diversos poemas meus por um grupo de jograis, alunos da UNIMEP, e impressionados decidiram patrocinar a publicação deste livro, pois entenderam que Piracicaba poética merecia conhecer em mais profundidade o seu príncipe da poesia. E aí está, lindo e impecável, entregue às mãos do povo de Piracicaba, que indistintamente de cor, estudos, intelectualização , posses financeiras, categoria de trabalho, com religião ou agnóstico, jovem ou adulto, roceiro ou citadino, aí está, para quiçá, momentos de lazer e sonho. Sonho , sim, porque a poesia é terrivelmente sonhativa , vive no mundo da fantasia, alicerça-se nas bases da emoção e brota do âmago mais profundo do poeta, e para que as filhas de Eva não reclamem, da poetisa também.

Alguém me perguntará? Como é ser poeta? Juro, nunca pensei nisso. Acho que ninguém consegue ser poeta. Já é. Nasce feito, como dizem.

não é verdade Maria Cecilia, Ivana Maria, Ésio Pezzato , Prata Gregolim, Marina Rolim, Valter Vitti, Mario Pires, Saconi, e tutti quanti enfeitam com seus lindos versos as páginas do “ Jornal de Piracicaba, ou da “Tribuna Piracicabana , e assim também esse cacho imenso de livros poéticos que quase semanalmente são dados ao conhecimento e sentimento público de nossa terra ? Tornando-se um privilégio de uma cidade, como disse alhures o supra citado meu colega seminarístico Hildebrando André. ?

Não se suponha que para ser poeta é preciso ter nascido em berço de ouro ou em centros intelectuais de enorme repercussão. Nada disso. Tenho um soneto que define bem esse fato. É assim: “Eu não sou o poeta dos salões / de ondeante, basta e negra cabeleira] não me hás de ver nos olhos alusões / de vigílias, de dor e de canseiras. // Não trago o pensamento em convulsões,/ de candentes imagens, a fogueira. / não sou o gênio que talvez supões/ e não levo acadêmica bandeira.// Distribuo os meus versos em moedas/ que pouco a pouco na tua alma hospedas / - raros , como as esmolas de quem passa. / Mas hei de me sentir feliz um dia/ quando vier alguém render-me graça/ por o fazer ricaço de poesia. // “ . Poetas e poetisas saem do nada , devem trazer o selo ou o bilhete de entrada nesse reino encantado desde o útero materno, embora ouse eu afirmar que a vida é também uma grande mestra , as influências da mentalidade circunvizinha,

o próprio meio ambiente, podem , em circunstâncias outras , plasmar um poeta .

Eu fui plasmado , por exemplo, por entre maravilhas campestres. A roça ou o campo são fantásticos criadores de poesia. Ela anda atapetando por todos os cantos a natureza, as gentes, os animais, os atos e fatos. e a cabeça daqueles com quem ela convive. E o poeta, criador por excelência, se abebera de todas as belezas esparsas pelas colinas, serras, vales e descampados , para transformar tudo em versos e rimas, ou em versos simplesmente, onde pululam , como cabritos silvestres, as figuras literárias, os tropos, as sínteses, as comparações, e todos os anseios que lhe vão no imo da alma. Para satisfação própria e para satisfação dos que convivem com o poeta. E´ por isso que se botardes olhos curiosos sobre meus poemas havereis de tropeçar a todo o momento com um motivo roceiro, pois trago uma alma plasmada pelas belezas rurais de Santana, Santa Olímpia , Fazenda Negri, e especialmente por aquela colina encimada ,no cocuruto, pelo prédio do grupo escolar, onde aprendi a ler e escrever e a poetar.

Peço desculpas por haver-me prolongado um pouco nestas elucubrações poéticas, desobedecendo aos conselhos do amigo Ésio que continua exigindo de mim discursos improvisados, o que seria tão para os ouvintes , que ansiosamente aguardam o momento de bater palmas acabando assim com a verborragia oratória.

Não posso entretanto encerrar esta breve alocução sem deixar consignados meus agradecimentos do fundo do coração ao prefeito José Machado ,ao seu Secretário da Ação Cultural Heitor Gaudenci Junior, ao seu sub-secretário poeta Ésio Pezzato, ao prefaciador Moacyr de Oliveira Camponez do Brasil sobrinho, aos queridos opinadores Maria Cecília Bonachella, Maria Ivana França de Negri, exímias poetisas, prof. Elias Salum e a minha filha Universitária Fabíola Vitti Moro, pela maravilhosa capa, Editores e toda equipe de funcionários , à minha esposa pela sugestão transmitida ao prefeito com relação ao advento desta obra, aos digitadores Nair , minha nora e neto Leonardo, e outros que possa ter esquecido, como é fácil em cachola idosa, - meus agradecimentos repito, pela reunião de esforços e trabalho que tornaram possível o advento de mais um livro de minha lavra.

Obrigado “ em geralmente” como dizem nossos cururueiros, aos que ilustraram com sua arte musical esta solenidade e assim também a todos quantos acharam um tempinho para vir prestigiar-me nesta tarefa de cultura e arte. Levem a certeza de que nada mais desejo do que engrandecer com minha poesia a terra que me viu nascer, a terra que me viu crescer, a terra que me proporcionou oportunidade para chegar a um cargo tão nobre quão dignificante de “Príncipe dos Poetas de Piracicaba”

Meu carinhoso obrigado também aos meios de comunicação, de modo especial “Jornal de Piracicaba”, na pessoa de seu Editor Chefe Joacyr Cury , de “A Tribuna Piracicabana”, na de seu diretor Evaldo Vicente, pela divulgação caprichosa deste evento que afinal nada mais é do que mais uma demonstração da exuberância cultural da Noiva da Colina.

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