Lino Vitti - Príncipe dos Poetas Piracicabanos

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terça-feira, 2 de março de 2010

Prefácio do primeiro livro - Abre-te Sésamo


À GUISA DE PREFÁCIO

UM POETA PIRACICABANO

Prof. Silvio de Aguiar Souza

Há bastante tempo que nos vem despertando a atenção um moço piracicabano de excelentes dotes de espírito, e que, como poeta, tem se revelado de uma sensibilidade rara para nossos tempos, manejando a bela arte da poesia, que imortalizou tantos homens. É que a cultura das musas, hoje em dia, tendo passado para esta "AGITAÇÃO SEM GLÓRIA DE TRAFICÂNCIAS E MESQUINHARIAS", como eloqüentemente disse o grande vate que foi Bilac, no seu maravilhoso soneto "Sonho", está relegada ao segundo plano, assim como a da língua portuguêsa, corrompida e abastardada por uma era em que a moralidade e a decência se apagam do seio das multidões e dos indivíduos.
Refiro-me a Lino Vitti, êsse moço nascido aí mesmo, no bairro de Santana, em 1.920, filho de José Vitti, de ascendentes austríacos.
Tendo feito as primeiras letras no Grupo Escolar do mesmo bairro, prosseguiu seus estudos no Colégio Santa Cruz, da vizinha cidade de Rio Claro, onde, furtivamente, cultuava Erato, por lhe ser, ao certo, vedada essa expansão da alma em tal ambiente.
Mas as tendências naturais e espontâneas de um coração não podem caber no silêncio das grades de seu tórax: e explodem, inflamam-se, rebentam, e, uma vez conquistada a liberdade, há um transbordamento de maravilhas, numa inundação de sensações que, muitas vêzes, pensamos tratar-se de forças que o Além nos envia para acoroçoar-nos à luta e desenvolver nossas virtudes latentes.
E é sempre assim. O poeta é um iluminado, porque não existe, em linguagem falada ou escrita, arte que melhor e mais eloqüentemente possa refletir todas as subtilezas e maravilhas da alma humana. . Um simples soneto imortaliza um homem, como imortalizou Bocage, Camões, Bilac, Raimundo Corrêa, Cruz e Souza, e milhares de outros poetas cujos nomes gravamos em nossos corações. Bocage foi um perdulário, mas, se vivia isolado no lodo, quando à tona vinha, "cheias as mãos de pérolas trazia" conforme a vibrante expressão, ainda de nosso amado Bilac, no soneto que ao mestre dedicou: "Tu, que no pego impuro das orgias, Mergulhavas ansioso e descontente, Mas quando à tona vinhas de repente, Cheias, as mãos, de pérolas trazias!"
Eu gosto dos poetas, especialmente quando são revelações como Lino Vitti. Silenciosamente, quase ocultamente, vem incensando a sua musa em uma série de sonetos à qual se poderia chamar de "Bucólicas". Estampou estes ensaios de Lino Vitti o "Jornal de S. Paulo", um dos melhores diários da imprensa paulistana, na secção reservada ao interior. E fê-lo muito bem. Ambos estão de parabéns, porque o incipiente poeta piracicabano nada fica a dever ao "JORNAL" pelo magnífico trabalho que vem realizando, a bem das boas letras, da velha arte sadia e harmônica dos velhos e bons tempos idos e vividos! Hoje em dia, com raras exceções, a poesia sensaborona caminha com o atrito dos gasterópodes, rastejando no solo, na lama de sua própria baba. Tiremos Guilherme de Almeida e Cassiano Ricardo, dois gigantes capazes de todas as maravilhas, e o incentivo à mocidade se esbarra com a mais caótica anarquia, porque poucos conseguem empolgar e convencer nos novos moldes a que se apega a arte de Erato ou de Castália.
Eu, ainda, prefiro as velhas formas surradas e usadas, quando minha imaginação, imperceptivelmente, se dirige para a velha estrada da arte. Só então é que descortino maravilhas e eu respigo, aqui e ali, as pérolas deixadas atrás por êsses semeadores idealistas e sonhadores que já não mais existem e que faziam da boa poesia a gôndola de seus sonhos e amores. Lino Vitti publicou, há dias, um soneto, para o qual eu chamo a atenção dos mestres das belas letras. Este, por exemplo, poderia ser subscrito pelos mestres de outros tempos, sem favor nenhum. É' o “Veleiro do amor”.

VELEIRO DO AMOR

Coração - pobre barco aventureiro -
Pelo oceano do amor, toma cautela.
Pode surgir o vendaval traiçoeiro
Que te arrebate e te estraçalhe a vela.

Perscruta o rumo. Sobre o mar inteiro
Se prepare, talvez, árdua procela.
Busca horizontes claros, meu veleiro,
Onde o sol brilha e o mar não se encapela.

Não te faças ao largo em demasia
Que pode vir a noite e a névoa - zàz -
Pode roubar-te a luz que te alumia.

E então sem rumo, sem farol, sem paz,
Talvez não possas mais voltar, um dia,
À calma praia que ficou atrás.


Veja-se a seqüência, o encadeamento das idéias, a alegoria perfeita, integral, dêste decassílabo, e creio que, dentre os que entendem do assunto, não haverá uma só discrepância quanto à sua perfeição. Digo "dentre os que entendem do assunto" porque quem não entender, não meta a sua colher torta, fazendo personalismo e não crítica sincera, leal, de um trabalho que, em si, encerra tanta subtileza! Isto, quanto à idéia. E, quanto à forma, tem rimas boas, métrica perfeita, correção impecável, o que vem provar que Lino é conhecedor da língua, do seu mecanismo e sintaxe, sem os quais, a poesia pecará pela base.
Outros trabalhos de Lino Vitti: Fazenda, Porteira Antiga, Sol a pino.


FAZENDA

A casa grande. O cafezal sorrindo
Engrinaldado de florinhas brancas.
E as trepadeiras de São João florindo
Pelas cercas ao longo das barrancas.

Do pomar, sob os pés de tamarindo,
Se erguem risadas infantis e francas
E pelo pasto os alazões fugindo
Tremem ao sol as luzidias ancas.

É meio-dia. À porta da senzala
O negro velho uma canção murmura
Que, triste e doce, ao coração nos fala.

Baforando fumaça para a altura
O engenho, todo afã, suando, exala,
Um gosto de garapa e rapadura.


PORTEIRA ANTIGA

Era ali, na saída do terreiro,
Ignoto Prometeu, preso aos mourões,
Que a porteira abre e fecha o dia inteiro,
Jeremiava cruéis lamentações.

Uma tropa, um estranho caminheiro.
O coche, o altivo coche dos patrões.
Um carro gemebundo, um cavaleiro,
Escravos, e, do vento, os safanões,

Ao "nhééé" chorado respondia um "bàà"
Num baque dolorido de canseira.
No mourão grosso de jequitibá.

Porém, jamais como ela houve porteira
E, como ela, jamais outra haverá,
Assim bondosa e franca e hospitaleira.


SOL A PINO

Profuso o sol caustica a natureza.
E no ar treme irisada ofuscação
Qual se a paisagem se encontrasse presa
Dentro de gigantesca bolha de sabão.

Pesadamente cai sobre a devesa
O torpor formidando da estação,
E, ao longe, a areia branca põe, acesa,
Revérberos de luz pelo estradão.

O silêncio acolheu debaixo d'asa
As dependências todas da vivenda
Donde nenhuma fala se extravasa.

Verão. . . Mas, de repente, em algazarras
Acodem os meninos à merenda
E o pomar rompe um coro de cigarras.

É com prazer, pois, que registro o caso extraordinário de aparecer mais um poeta no cenário artístico de Piracicaba. Ao lado dêste, Fábio Rodrigues Mendes é, também, uma boa, grande promessa. Revivamos, pois, um pouco de idealismo sadio nos corações dêstes dois rapazes, e êsse movimento deve ser amparado pela imprensa piracicabana em secção adequada. Penso, aliás, a iniciativa produzirá bons frutos, de vez que haverá incentivo, sem a necessidade de os moços irem buscar, por fora, o que aqui mesmo possuímos, isto é, um lugar ao sol, num ambiente próprio para estenderem as asas de seu estro e galgarem as culminâncias a que fazem jus.
Vejamos se Piracicaba algum dia, deixará de ser madrasta detestável, pois não precisamos ter olhos de mãe amorosa para vermos em Lino Vitti uma grande promessa para as letras piracicabanas, isto é, numa época de tamanha decadência moral e intelectual, em que a boa música se acha transformada no "snobismo" intolerável do "jazz", irradiado aos quatro cantos do universo; a poesia, reduzida à expressão mais simples nos versejadores improvisados e a literatura (ai, meu Deus!) abastardada por um falso delírio de brasilidade preconizado por uns homens que aconselham a língua "brasileira" e escrevem português castiço!
"Língua brasileira? Só para os trouxas", pensam lá, eles, rindo furtivamente. Mesmo porque, não existe! Apertamos a mão a Lino Vitti, animando-o a que prossiga serenamente na bela arte que rebenta de sua alma; com expontaneidade natural que se observa. E aqui estou às suas ordens!


NOTA DE LINO VITTI: Este Prefácio do querido Prof. Silvio de Aguiar Sousa foi publicado no Jornal de Piracicaba, por mim aproveitado, com autorização do prefaciante para apresentação do livro. Conserva a grafia original.

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PRÍNCIPE DOS POETAS DE PIRACICABA

CURRICULUM VITAE
( Síntese de Vida)
NOME – Lino Vitti
IDADE – 08/02/1920
ESTADO CIVIL – Casado, em únicas núpcias, há 56 anos, com a Professora Dorayrthes Silber Schmidt Vitti
FILIAÇÃO – José e Angelina Vitti
NATURALIDADE – Piracicaba, Estado de São Paulo –Brasil
Bairro Santana , Distrito de Vila Rezende
VIDA FAMILIAR
Casamento Civil e Religioso em comunhão de bens, Pai de sete filhos: Ângela Antónia, Dorinha Miriam, Rosa Maria, Fabíola , Lina, Rita de Cássia, Eustáquio.
VIDA PROFISSIONAL
Aposentado como Diretor Administrativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba, e como Redator do “Jornal de Piracicaba”. Exerceu atividades no comércio, no Magistério, na lavoura até os l3 anos, na municipalidade local, como bibliotecário, lançador de impostos, protocolista, Secretário Municipal.

VIDA CULTURAL
ESCOLA PRIMÁRIA –
Grupo Escolar “Dr. Samuel de Castro Neves”, Santana, seminarista vocacional ao sacerdócio por seis anos, no Colégio Santa Cruz, da cidade de Rio Claro (SP), onde cursou humanidades, línguas, religião, ciências, matemáticas, música.
CURSOS –
Formou-se Técnico em Contabilidade, lecionou latim, francês, datilografia.

VIDA RELIGIOSA
Católico, Apostólico, Romano, fez curso de religião em seminário dos Padres Estigmatinos, foi organista da Catedral e da Igreja de São Benedito, de Piracicaba, e Congregado Mariano.
VIDA LITERÁRIA
Bafejado por ensinamentos de sábios sacerdotes em colégio de formação religiosa, recebeu extraordinário acervo literário que lhe propiciou enveredar pelo caminho da poesia, da crônica, dos contos, do jornalismo, havendo editado de l959 a 200l sete livros de poesias e contos, com edições em milheiros de volumes, os quais estão aí para satisfazer o gosto daqueles que apreciam a arte literária.
São seus livros : “Abre-te, Sésamo”, l959; “Alma Desnuda”, l988; “A Piracicaba, Minha Terra”, l99l; “Sinfonia Poética”, de parceria com o poeta Frei Timóteo de Porangaba; “Plantando Contos, Colhendo Rimas”, l992; “Sonetos Mais Amados”, l996 e “Antes que as Estrelas brilhem”, 200l. O poeta conta ainda com o prazer de haver composto hinos para diversos municípios, bairros rurais, entidades sociais diversas, continuando a colaborar ainda, após os 83 anos em colunas literárias e com artigos de ordem geral em jornais da terra.
Faz parte da Academia Piracicabana de Letras que lhe outorgou o título honorífico de “PRÍNCIPE DOS POETAS DE PIRACICABA’.
Foi-lhe concedida Pelo Município de Piracicaba, através de sua Secretaria da Ação Cultural, a MEDALHA DE MÉRITO CULTURAL, “ Prof. OLÊNIO DE ARRUDA VEIGA’; é detentor do TROFÉU IMPRENSA, concedido pelo Lions Clube de Piracicaba, centro, e da MEDALHA ITALIANA, concedida pelo governo italiano de Benito Mussolini aos alunos de escolas e seminários de origem daquele país que tivessem se destacado em redação de trabalhos literários escritos na língua de Dante.
O Município de Saltinho, para o qual contribuiu com o Hino dessa comunidade municipal , conferiu-lhe o título de “Cidadão Saltinhense”.

DISCURSO

Por ocasião do lançamento do livro de poesias “Antes que as estrelas brilhem “, pelo poeta Lino Vitti foi proferido o seguinte discursos:

Exmo. Sr. Heitor Gauadenci Jr. dd Secretário da Ação Cultural

Exmo. sr. António Osvaldo Storel. dd. Presidente da Câmara de

Vereadores de Piracicaba

Exmo.sr. Moacyr Camponez do Brasil Sobrinho, dd. Presidente do Instituto Histórico e Geográfico

Exmo,. sr. Henrique Cocenza, dd. Presidente da Academia Piracicabana de Letras

Exmo.. Sr. Ésio Pezzato , anfitrião desta solenidade

Senhoras e Senhores

Pela sétima vez (graças a Deus) em minha vida lítero-poética vejo-me guindado a uma tribuna improvisada (o que é bom porque torna o fato mais popular), para proferir um discurso de agradecimento, ao lado da oferta de um novo livro de versos. É teimosia essa de poetas em desovar sua produção para que mais gente participe de suas tiradas, muitas vezes fora de forma e de ambiente, mas que o poeta não vê porque , ao editar um novo livro está cego pela emoção , como se fosse a vez primeira. Está aí o Ésio Pezzato, responsável por mais esta minha invasão no mundo das letras poéticas, para dizer se não é assim. Para dizer se não sofre também dessa doença feliz de editar livros e mais livros a ponto de perder a conta, já que a esta altura ele não sabe se já está no décimo ou décimo primeiro. E ainda continua batendo dedos de métrica, sabemos lá por quantos anos ainda !

Tenho um ex-colega de seminário, prof. Hildebrando André, aposentado como professor universitário e com o qual mantenho longa e pródiga correspondência, que não se cansa de enaltecer a felicidade de Piracicaba contar com tantos poetas e poetisas. Tem razão ele, pois se apenas dois deles já conseguiram editar l8 livros de poesia, imagine-se as centenas que seriam necessárias para dar um pouco de vazão a essa raridade intelectual que toma conta da minha terra!

Este meu livro vem à lume por obra e arte do prefeito José Machado , seu Secretário da Ação Cultural e de seu zeloso servidor Ésio Pezzato que se entusiasmaram diante da recitação de diversos poemas meus por um grupo de jograis, alunos da UNIMEP, e impressionados decidiram patrocinar a publicação deste livro, pois entenderam que Piracicaba poética merecia conhecer em mais profundidade o seu príncipe da poesia. E aí está, lindo e impecável, entregue às mãos do povo de Piracicaba, que indistintamente de cor, estudos, intelectualização , posses financeiras, categoria de trabalho, com religião ou agnóstico, jovem ou adulto, roceiro ou citadino, aí está, para quiçá, momentos de lazer e sonho. Sonho , sim, porque a poesia é terrivelmente sonhativa , vive no mundo da fantasia, alicerça-se nas bases da emoção e brota do âmago mais profundo do poeta, e para que as filhas de Eva não reclamem, da poetisa também.

Alguém me perguntará? Como é ser poeta? Juro, nunca pensei nisso. Acho que ninguém consegue ser poeta. Já é. Nasce feito, como dizem.

não é verdade Maria Cecilia, Ivana Maria, Ésio Pezzato , Prata Gregolim, Marina Rolim, Valter Vitti, Mario Pires, Saconi, e tutti quanti enfeitam com seus lindos versos as páginas do “ Jornal de Piracicaba, ou da “Tribuna Piracicabana , e assim também esse cacho imenso de livros poéticos que quase semanalmente são dados ao conhecimento e sentimento público de nossa terra ? Tornando-se um privilégio de uma cidade, como disse alhures o supra citado meu colega seminarístico Hildebrando André. ?

Não se suponha que para ser poeta é preciso ter nascido em berço de ouro ou em centros intelectuais de enorme repercussão. Nada disso. Tenho um soneto que define bem esse fato. É assim: “Eu não sou o poeta dos salões / de ondeante, basta e negra cabeleira] não me hás de ver nos olhos alusões / de vigílias, de dor e de canseiras. // Não trago o pensamento em convulsões,/ de candentes imagens, a fogueira. / não sou o gênio que talvez supões/ e não levo acadêmica bandeira.// Distribuo os meus versos em moedas/ que pouco a pouco na tua alma hospedas / - raros , como as esmolas de quem passa. / Mas hei de me sentir feliz um dia/ quando vier alguém render-me graça/ por o fazer ricaço de poesia. // “ . Poetas e poetisas saem do nada , devem trazer o selo ou o bilhete de entrada nesse reino encantado desde o útero materno, embora ouse eu afirmar que a vida é também uma grande mestra , as influências da mentalidade circunvizinha,

o próprio meio ambiente, podem , em circunstâncias outras , plasmar um poeta .

Eu fui plasmado , por exemplo, por entre maravilhas campestres. A roça ou o campo são fantásticos criadores de poesia. Ela anda atapetando por todos os cantos a natureza, as gentes, os animais, os atos e fatos. e a cabeça daqueles com quem ela convive. E o poeta, criador por excelência, se abebera de todas as belezas esparsas pelas colinas, serras, vales e descampados , para transformar tudo em versos e rimas, ou em versos simplesmente, onde pululam , como cabritos silvestres, as figuras literárias, os tropos, as sínteses, as comparações, e todos os anseios que lhe vão no imo da alma. Para satisfação própria e para satisfação dos que convivem com o poeta. E´ por isso que se botardes olhos curiosos sobre meus poemas havereis de tropeçar a todo o momento com um motivo roceiro, pois trago uma alma plasmada pelas belezas rurais de Santana, Santa Olímpia , Fazenda Negri, e especialmente por aquela colina encimada ,no cocuruto, pelo prédio do grupo escolar, onde aprendi a ler e escrever e a poetar.

Peço desculpas por haver-me prolongado um pouco nestas elucubrações poéticas, desobedecendo aos conselhos do amigo Ésio que continua exigindo de mim discursos improvisados, o que seria tão para os ouvintes , que ansiosamente aguardam o momento de bater palmas acabando assim com a verborragia oratória.

Não posso entretanto encerrar esta breve alocução sem deixar consignados meus agradecimentos do fundo do coração ao prefeito José Machado ,ao seu Secretário da Ação Cultural Heitor Gaudenci Junior, ao seu sub-secretário poeta Ésio Pezzato, ao prefaciador Moacyr de Oliveira Camponez do Brasil sobrinho, aos queridos opinadores Maria Cecília Bonachella, Maria Ivana França de Negri, exímias poetisas, prof. Elias Salum e a minha filha Universitária Fabíola Vitti Moro, pela maravilhosa capa, Editores e toda equipe de funcionários , à minha esposa pela sugestão transmitida ao prefeito com relação ao advento desta obra, aos digitadores Nair , minha nora e neto Leonardo, e outros que possa ter esquecido, como é fácil em cachola idosa, - meus agradecimentos repito, pela reunião de esforços e trabalho que tornaram possível o advento de mais um livro de minha lavra.

Obrigado “ em geralmente” como dizem nossos cururueiros, aos que ilustraram com sua arte musical esta solenidade e assim também a todos quantos acharam um tempinho para vir prestigiar-me nesta tarefa de cultura e arte. Levem a certeza de que nada mais desejo do que engrandecer com minha poesia a terra que me viu nascer, a terra que me viu crescer, a terra que me proporcionou oportunidade para chegar a um cargo tão nobre quão dignificante de “Príncipe dos Poetas de Piracicaba”

Meu carinhoso obrigado também aos meios de comunicação, de modo especial “Jornal de Piracicaba”, na pessoa de seu Editor Chefe Joacyr Cury , de “A Tribuna Piracicabana”, na de seu diretor Evaldo Vicente, pela divulgação caprichosa deste evento que afinal nada mais é do que mais uma demonstração da exuberância cultural da Noiva da Colina.

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