Lino Vitti - Príncipe dos Poetas Piracicabanos

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O Príncipe e sua esposa, professora Dorayrthes S. S. Vitti

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Lino Vitti e seus pais

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Lino Vitti e seus vários livros

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60 anos de Poesia


domingo, 27 de março de 2016

Nossa Senhora




                               
                                                                   Lino Vitti

Se contemplas o céu em noite recamada
a grandeza verás das estrelas fulgentes.
São todas corações a palpitar, frementes,
à espera milenar de outra alma, sua amada.


Tão longínquas se vêm, mas tão pertinho as sentes,
quase as prendes na mão em desejos alçada.
Uma brilha porém tão bela e destacada,
um astro a reluzir fulgurações ridentes.


“Stela Matutina” enfeita o céu risonho,
simboliza oração, divindade, almo sonho,
a cintilar tão alto em luzes se alcandora.


E lembra, ao contemplar-lhe o mais sublime brilho
Aquela que nos trouxe um Deus feito Seu Filho
       Estrela da Manhã, Virgem Nossa Senhora.

         O que está escrito aí é um soneto, uma composição poética, de apenas catorze versos
(linhas), resumindo entretanto uma das maiores homenagens que se podem prestar a um assunto ou a uma personagem, quer do mundo religioso, quer do mundo laico.
         Como podem verificar os estimadíssimos leitores deste feliz e importante semanário sócio-cristão, a figura que desejei homenagear no soneto é nada mais, nada menos do que a Mãe de Cristo Salvador. 
         Eu sei que Nossa Senhora merece não apenas 14 versos, mas milhares, um poema dos mais extensos e profundos, do tamanho de sua dignidade e missão de que o Pai Eterno a incumbiu de exercer na Terra, qual seja, a Mãe Daquele que ao mundo veio para abrir o caminho da salvação e felicidade eternas.
         Nossa Senhora é a mulher marcada com o signo da Redenção humana para livrá-la  das garras do Pecado, pois por Ela é que do Céu se dignou baixar à Terra  o Cristo, o Filho do próprio Deus, Soberano, Eterno, Pai.  E para quê ?
         Ora, sabemos todos, sabem-no até os pequenos de espírito,  que o a Humanidade, por força da desobediência pecaminosa de Adão e Eva, primeiros seres criados diretamente por Deus, fora condenada à perdição eterna, pois infinito foi o pecado cometido pelos nossos primeiros pais.  Pecado que exigia uma condenação infinita.
         Como então sair-se de tal enrascada praticada pela gula infeliz de Eva, que seduziu o seu companheiro de Éden a comer da maçã proibida, levando-o a uma condenação conjunta, perdendo a inocência divinal e celestial, cometendo aquele pecado com sabor de eternidade? Como salvar a humanidade  ingrata que haveria de vir, povoar o mundo, viver, multiplicar-se, cuidar do universo? Como obter o perdão infinito do Criador, infinitamente ofendido pela desobediência infeliz de nossos pais edênicos?
         Bem Deus é Deus. E o problema criado pela ingratidão do primeiro casal foi solucionado pela sabedoria infinita. Só seu Filho,  seu único e como Ele eterno e infinito, poderia servir de embaixador da salvação humana.  Assim mandou-o à Terra, para ser Homem, e como Homem e como Deus Filho,  ser condenado  à morte ignominiosa da Cruz, escolhendo para essa divinal transformação a Virgem Maria, em cujo seio , por ação do Espírito Santo, a Terceira Pessoa da Trindade Santíssima Pai, Filho e Espírito Santo, o Salvador se encarnou, nasceu e com quem viveu até os 33 anos, quando mais uma vez o Homem se levanta contra Deus e condena, e crucifica, e entrega à Morte, Aquele que é o Filho de Deus. 
         Em tudo isso, em toda essa obra divina de arrependimento e perdão, de descida e retorno ao Céu,  de morte e ressurreição, foi sublime a presença de Nossa Senhora. Sublime, divinal, oportuna, e feliz , pois foi ela o elo de ligação entre a Terra e o Céu, foi graças à sua participação infinita que a humanidade pôde respirar novamente os ares da felicidade eterna, graças ao seu “Sim” ao anjo, enviado por Deus que a escolheu para ser participante da Salvação Eterna. Foi Ela que livrou o mundo das garras de Satanás, o Pai do Pecado e da Morte Eterna.
         Como reconhecimento de tanto valor religioso, humano e divino, foi estabelecido pela cristandade  o mês de Maio como consagrado à Virgem Maria, durante o qual, ao menos até recentes anos, se recitavam novenas, celebravam-se festejos, realizam-se atos e práticas, destacando a figura exponencial  de Nossa Senhora, Mãe de Cristo e cooperadora com Deus na vinda de Cristo Salvador,  algo de onde, como de fonte cristalina e santa, cascateou o perdão,  veio a remissão do pecado, desceu à Terra  a luz do Céu.  Tenho recordações belas dos tempos em que floresciam as Congregações de Marianos e Filhas de Maria, não só na cidade como em todos os bairros da zona rural, participantes eméritos nas homenagens à Maria durante o mês de Maio a ela consagrado. Eram manifestações à luz do dia e ao fulgor da noite, dignificando Aquela que um dia disse ao anjo vindo do seio de Deus para trazer a Boa Nova da Salvação: “Faça-se em mim, segundo a Sua Palavra.”, depois de ouvi-lo pronunciar : “ o Senhor esteja convosco, pois bendita sois entre todas as mulheres e bendito é o fruto de vosso ventre, Jesus”...  

         Por tudo isso então Ela merece as homenagens e a gratidão de todos nós. Que acham vocês?! Rezemos: “Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre todas as mulheres e bendito é o fruto de vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amem.”

segunda-feira, 21 de março de 2016

A UMA IRMÃ QUERIDA

         
                   
      Lino Vitti 


                   Ao partir para o Céu que tanto mereceste
                   Deixas na Terra a graça e as dores da saudade.
                   A vida é mesmo assim, nosso destino é este:
                   Lutar, vencer, amar, deixar muita bondade.

                   Exemplo de trabalho, exemplo de vontade,
                   Ainda para nós vives e não morreste.
                   Foste segunda mãe, uma irmã de verdade,
                   Em Deus Pai e Senhor do mundo sempre creste.

                   Modelo de virtude a tua alma decerto,
                   Ao deixar este mundo, inclemente deserto,
                   Está a gozar feliz prêmio da salvação.

                   Tua figura humilde, e santa, e generosa,
                   Há de sempre viver, qual fosse eterna rosa
                   No vaso divinal do nosso coração.

sexta-feira, 4 de março de 2016

ALGUMA CRÔNICA (XV)




“LA CUCANHA”

Lino Vitti


Dias atrás, a Valéria – excelente cozinheira nascida no meu bairro de origem – ofereceu ao meu gosto pantagruélico um especial prato para o almoço – uma magnífica “Cucanha” (Cucagna).
“Cucanha” é uma comida preparada pelos trentinos tiroleses de Santana ou Santa Olímpia, trazida evidentemente lá dos confins do Tirol pelos imigrantes primitivos, cujas famílias constituem a base dos atuais povoados, onde se conservam ainda muitas e belas tradições, muitos e apreciados pratos, muitos e ricos costumes, muitos e profundos sentimentos de Fé e religião, ao lado de uma vida entretecida de muito amor, confiança, amizade, e vontade de progredir e crescer.
“La Cucanha”, ao  que sei eu, insignificante escrevinhador que sou e que traz, de quando em quando, alguma história de fatos e pessoas daquelas hoje florescentes comunidades – a “Cucanha” repito – é preparada para festejar a Terça-feira gorda de Carnaval, uma celebração que atravessou os tempos históricos daquela gente roceira. Ao menos, era em tempos idos, em tempos em que eu era meninote. Hoje, embora conserve ainda muito dos tempos passados, a “Cucanha” generalizou-se e muitas famílias servem-na em almoços ou jantares comuns, razão porque tive a felicidade de ser contemplado pela especial refeição, saída das hábeis mãos da Valéria, prima em segundo grau e neta do veterano primo Paulo Vitti – Paulin, no linguajar popular dos moradores.
No que, entretanto, consiste essa coisa que estou a dizer aqui ser gostosa e especial, se bem preparada e degustada? Não sei bem, porque foi-me uma surpresa culinária, mas pude saber que é uma espécie de polenta preparada com variados e ótimos ingredientes, tudo misturado e cozido de uma só vez. Essa que me serviram por exemplo, vinha composta com bacalhau, lingüiça de porco, queijo, carne de frango, ovos, torresmo, tudo perfeitamente dosado e arcabouçado com uma polenta generosa, tudo entretecido para provocar água na boca dos saboreadores de pratos tiroleses.
Como disse, a “Cucanha”, tempos idos, era servida na Terça-feira gorda de carnaval. Bandos de crianças e jovens, na véspera, percorriam as moradias do bairro, angariando donativos de ingredientes que comporiam a enorme e deliciosa polenta maior. Uma gigantesca polenta digo eu, enriquecida por delícias complementares e regada em geral por vinhos de fabricação local, de uva ou de laranja. Levada em romaria até o centro da praça, ali, sob cânticos e exclamações, distribuía-se aos  presentes, numa espécie de banquete público e ruidoso, ao som de sanfonas e violões, e cânticos.
“Tudo muda, tudo passa/ neste mundo de ilusão/, vai para o céu a fumaça/ fica na terra o carvão”,   poetava o especial poeta paulista Guilherme de Almeida. Também a vida daquelas comunidades vai mudando, seguindo os passos céleres do mundo, e com eles os costumes e as tradições vão mostrando outras faces, outras maneiras de ser e agir.

É por isso que em Pleno Inverno, isto é, fora dos dias de Carnaval, pude celebrar na mesa de minha própria cozinha a “Cucanha”, fabricada pelas mãos exímias da “prima” Valéria.

PRÍNCIPE DOS POETAS DE PIRACICABA

CURRICULUM VITAE
( Síntese de Vida)
NOME – Lino Vitti
IDADE – 08/02/1920
ESTADO CIVIL – Casado, em únicas núpcias, há 56 anos, com a Professora Dorayrthes Silber Schmidt Vitti
FILIAÇÃO – José e Angelina Vitti
NATURALIDADE – Piracicaba, Estado de São Paulo –Brasil
Bairro Santana , Distrito de Vila Rezende
VIDA FAMILIAR
Casamento Civil e Religioso em comunhão de bens, Pai de sete filhos: Ângela Antónia, Dorinha Miriam, Rosa Maria, Fabíola , Lina, Rita de Cássia, Eustáquio.
VIDA PROFISSIONAL
Aposentado como Diretor Administrativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba, e como Redator do “Jornal de Piracicaba”. Exerceu atividades no comércio, no Magistério, na lavoura até os l3 anos, na municipalidade local, como bibliotecário, lançador de impostos, protocolista, Secretário Municipal.

VIDA CULTURAL
ESCOLA PRIMÁRIA –
Grupo Escolar “Dr. Samuel de Castro Neves”, Santana, seminarista vocacional ao sacerdócio por seis anos, no Colégio Santa Cruz, da cidade de Rio Claro (SP), onde cursou humanidades, línguas, religião, ciências, matemáticas, música.
CURSOS –
Formou-se Técnico em Contabilidade, lecionou latim, francês, datilografia.

VIDA RELIGIOSA
Católico, Apostólico, Romano, fez curso de religião em seminário dos Padres Estigmatinos, foi organista da Catedral e da Igreja de São Benedito, de Piracicaba, e Congregado Mariano.
VIDA LITERÁRIA
Bafejado por ensinamentos de sábios sacerdotes em colégio de formação religiosa, recebeu extraordinário acervo literário que lhe propiciou enveredar pelo caminho da poesia, da crônica, dos contos, do jornalismo, havendo editado de l959 a 200l sete livros de poesias e contos, com edições em milheiros de volumes, os quais estão aí para satisfazer o gosto daqueles que apreciam a arte literária.
São seus livros : “Abre-te, Sésamo”, l959; “Alma Desnuda”, l988; “A Piracicaba, Minha Terra”, l99l; “Sinfonia Poética”, de parceria com o poeta Frei Timóteo de Porangaba; “Plantando Contos, Colhendo Rimas”, l992; “Sonetos Mais Amados”, l996 e “Antes que as Estrelas brilhem”, 200l. O poeta conta ainda com o prazer de haver composto hinos para diversos municípios, bairros rurais, entidades sociais diversas, continuando a colaborar ainda, após os 83 anos em colunas literárias e com artigos de ordem geral em jornais da terra.
Faz parte da Academia Piracicabana de Letras que lhe outorgou o título honorífico de “PRÍNCIPE DOS POETAS DE PIRACICABA’.
Foi-lhe concedida Pelo Município de Piracicaba, através de sua Secretaria da Ação Cultural, a MEDALHA DE MÉRITO CULTURAL, “ Prof. OLÊNIO DE ARRUDA VEIGA’; é detentor do TROFÉU IMPRENSA, concedido pelo Lions Clube de Piracicaba, centro, e da MEDALHA ITALIANA, concedida pelo governo italiano de Benito Mussolini aos alunos de escolas e seminários de origem daquele país que tivessem se destacado em redação de trabalhos literários escritos na língua de Dante.
O Município de Saltinho, para o qual contribuiu com o Hino dessa comunidade municipal , conferiu-lhe o título de “Cidadão Saltinhense”.

DISCURSO

Por ocasião do lançamento do livro de poesias “Antes que as estrelas brilhem “, pelo poeta Lino Vitti foi proferido o seguinte discursos:

Exmo. Sr. Heitor Gauadenci Jr. dd Secretário da Ação Cultural

Exmo. sr. António Osvaldo Storel. dd. Presidente da Câmara de

Vereadores de Piracicaba

Exmo.sr. Moacyr Camponez do Brasil Sobrinho, dd. Presidente do Instituto Histórico e Geográfico

Exmo,. sr. Henrique Cocenza, dd. Presidente da Academia Piracicabana de Letras

Exmo.. Sr. Ésio Pezzato , anfitrião desta solenidade

Senhoras e Senhores

Pela sétima vez (graças a Deus) em minha vida lítero-poética vejo-me guindado a uma tribuna improvisada (o que é bom porque torna o fato mais popular), para proferir um discurso de agradecimento, ao lado da oferta de um novo livro de versos. É teimosia essa de poetas em desovar sua produção para que mais gente participe de suas tiradas, muitas vezes fora de forma e de ambiente, mas que o poeta não vê porque , ao editar um novo livro está cego pela emoção , como se fosse a vez primeira. Está aí o Ésio Pezzato, responsável por mais esta minha invasão no mundo das letras poéticas, para dizer se não é assim. Para dizer se não sofre também dessa doença feliz de editar livros e mais livros a ponto de perder a conta, já que a esta altura ele não sabe se já está no décimo ou décimo primeiro. E ainda continua batendo dedos de métrica, sabemos lá por quantos anos ainda !

Tenho um ex-colega de seminário, prof. Hildebrando André, aposentado como professor universitário e com o qual mantenho longa e pródiga correspondência, que não se cansa de enaltecer a felicidade de Piracicaba contar com tantos poetas e poetisas. Tem razão ele, pois se apenas dois deles já conseguiram editar l8 livros de poesia, imagine-se as centenas que seriam necessárias para dar um pouco de vazão a essa raridade intelectual que toma conta da minha terra!

Este meu livro vem à lume por obra e arte do prefeito José Machado , seu Secretário da Ação Cultural e de seu zeloso servidor Ésio Pezzato que se entusiasmaram diante da recitação de diversos poemas meus por um grupo de jograis, alunos da UNIMEP, e impressionados decidiram patrocinar a publicação deste livro, pois entenderam que Piracicaba poética merecia conhecer em mais profundidade o seu príncipe da poesia. E aí está, lindo e impecável, entregue às mãos do povo de Piracicaba, que indistintamente de cor, estudos, intelectualização , posses financeiras, categoria de trabalho, com religião ou agnóstico, jovem ou adulto, roceiro ou citadino, aí está, para quiçá, momentos de lazer e sonho. Sonho , sim, porque a poesia é terrivelmente sonhativa , vive no mundo da fantasia, alicerça-se nas bases da emoção e brota do âmago mais profundo do poeta, e para que as filhas de Eva não reclamem, da poetisa também.

Alguém me perguntará? Como é ser poeta? Juro, nunca pensei nisso. Acho que ninguém consegue ser poeta. Já é. Nasce feito, como dizem.

não é verdade Maria Cecilia, Ivana Maria, Ésio Pezzato , Prata Gregolim, Marina Rolim, Valter Vitti, Mario Pires, Saconi, e tutti quanti enfeitam com seus lindos versos as páginas do “ Jornal de Piracicaba, ou da “Tribuna Piracicabana , e assim também esse cacho imenso de livros poéticos que quase semanalmente são dados ao conhecimento e sentimento público de nossa terra ? Tornando-se um privilégio de uma cidade, como disse alhures o supra citado meu colega seminarístico Hildebrando André. ?

Não se suponha que para ser poeta é preciso ter nascido em berço de ouro ou em centros intelectuais de enorme repercussão. Nada disso. Tenho um soneto que define bem esse fato. É assim: “Eu não sou o poeta dos salões / de ondeante, basta e negra cabeleira] não me hás de ver nos olhos alusões / de vigílias, de dor e de canseiras. // Não trago o pensamento em convulsões,/ de candentes imagens, a fogueira. / não sou o gênio que talvez supões/ e não levo acadêmica bandeira.// Distribuo os meus versos em moedas/ que pouco a pouco na tua alma hospedas / - raros , como as esmolas de quem passa. / Mas hei de me sentir feliz um dia/ quando vier alguém render-me graça/ por o fazer ricaço de poesia. // “ . Poetas e poetisas saem do nada , devem trazer o selo ou o bilhete de entrada nesse reino encantado desde o útero materno, embora ouse eu afirmar que a vida é também uma grande mestra , as influências da mentalidade circunvizinha,

o próprio meio ambiente, podem , em circunstâncias outras , plasmar um poeta .

Eu fui plasmado , por exemplo, por entre maravilhas campestres. A roça ou o campo são fantásticos criadores de poesia. Ela anda atapetando por todos os cantos a natureza, as gentes, os animais, os atos e fatos. e a cabeça daqueles com quem ela convive. E o poeta, criador por excelência, se abebera de todas as belezas esparsas pelas colinas, serras, vales e descampados , para transformar tudo em versos e rimas, ou em versos simplesmente, onde pululam , como cabritos silvestres, as figuras literárias, os tropos, as sínteses, as comparações, e todos os anseios que lhe vão no imo da alma. Para satisfação própria e para satisfação dos que convivem com o poeta. E´ por isso que se botardes olhos curiosos sobre meus poemas havereis de tropeçar a todo o momento com um motivo roceiro, pois trago uma alma plasmada pelas belezas rurais de Santana, Santa Olímpia , Fazenda Negri, e especialmente por aquela colina encimada ,no cocuruto, pelo prédio do grupo escolar, onde aprendi a ler e escrever e a poetar.

Peço desculpas por haver-me prolongado um pouco nestas elucubrações poéticas, desobedecendo aos conselhos do amigo Ésio que continua exigindo de mim discursos improvisados, o que seria tão para os ouvintes , que ansiosamente aguardam o momento de bater palmas acabando assim com a verborragia oratória.

Não posso entretanto encerrar esta breve alocução sem deixar consignados meus agradecimentos do fundo do coração ao prefeito José Machado ,ao seu Secretário da Ação Cultural Heitor Gaudenci Junior, ao seu sub-secretário poeta Ésio Pezzato, ao prefaciador Moacyr de Oliveira Camponez do Brasil sobrinho, aos queridos opinadores Maria Cecília Bonachella, Maria Ivana França de Negri, exímias poetisas, prof. Elias Salum e a minha filha Universitária Fabíola Vitti Moro, pela maravilhosa capa, Editores e toda equipe de funcionários , à minha esposa pela sugestão transmitida ao prefeito com relação ao advento desta obra, aos digitadores Nair , minha nora e neto Leonardo, e outros que possa ter esquecido, como é fácil em cachola idosa, - meus agradecimentos repito, pela reunião de esforços e trabalho que tornaram possível o advento de mais um livro de minha lavra.

Obrigado “ em geralmente” como dizem nossos cururueiros, aos que ilustraram com sua arte musical esta solenidade e assim também a todos quantos acharam um tempinho para vir prestigiar-me nesta tarefa de cultura e arte. Levem a certeza de que nada mais desejo do que engrandecer com minha poesia a terra que me viu nascer, a terra que me viu crescer, a terra que me proporcionou oportunidade para chegar a um cargo tão nobre quão dignificante de “Príncipe dos Poetas de Piracicaba”

Meu carinhoso obrigado também aos meios de comunicação, de modo especial “Jornal de Piracicaba”, na pessoa de seu Editor Chefe Joacyr Cury , de “A Tribuna Piracicabana”, na de seu diretor Evaldo Vicente, pela divulgação caprichosa deste evento que afinal nada mais é do que mais uma demonstração da exuberância cultural da Noiva da Colina.

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